"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

"A própria preparação do casamento cristão tem de ser feita na escuta da Palavra"


Num encontro com as famílias da diocese, iniciativa integrada nas celebrações dos seus 50 anos de sacerdócio, o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa destacou a "diferença, na unidade, segundo o desígnio de Deus" entre homem e mulher.
D. José Policarpo acentuou ainda "a importância da Palavra de Deus para se descobrir a riqueza e a especificidade da mulher: a sua particular capacidade de escutar, a cada momento, a Palavra do Senhor e de a acolher num amor intenso".
Falando na homilia da missa que encerrou este encontro, o patriarca de Lisboa propôs-se "meditar sobre a centralidade da Palavra de Deus e a família cristã como vivência do sacramento do matrimónio".
"Não basta casar na Igreja; a própria preparação do casamento cristão tem de ser feita na escuta da Palavra, que deve acompanhar os esposos cristãos na vivência da fidelidade, no sentido do seu amor como experiência de caridade, na colaboração íntima com Deus, autor e Senhor da vida, na fecundidade e no respeito sagrado pela vida", apontou.
O cardeal-patriarca convidou "cada casal cristão" a tornar-se "na vivência da sua comunhão conjugal, um anúncio de Jesus Cristo e do seu amor à Igreja, que ama como uma esposa".
"Devido à fragilidade do pecado, só em Cristo o casal cristão retoma a possibilidade de serem um só. Cristo torna-se, assim, o protagonista principal do amor conjugal cristão e deu à própria expressão da natureza a força de ser sinal sacramental", indicou.
O encontro diocesano das famílias decorreu na Escola Salesiana do Estoril e teve transmissão radiofónica no site do patriarcado de Lisboa (http://www.patriarcado-lisboa.pt/).

domingo, 23 de outubro de 2011

CATEQUESE PREPARATÓRIA PARA O VII ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS - CATEQUESE 1 - O SEGREDO DE NAZARÉ

 

http://www.family2012.com/

A FAMÍLIA: O TRABALHO E A FESTA

Catequeses preparatórias
para o VII Encontro Mundial das Famílias

(Milão, 30 de Maio – 3 de Junho de 2012)

1. O SEGREDO DE NAZARÉ

A. Canto e saudação inicial

B. Invocação do Espírito Santo

C. Leitura da Palavra de Deus

11Veio ao meio dos seus,
e os seus não o receberam.
12Mas a todos aqueles que o receberam,
aos que crêem no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1, 11-12).
40O menino ia crescendo e fortalecia-se: estava cheio de sabedoria, e
a graça de Deus repousava sobre ele.
41Os seus pais iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa.
42Tendo ele completado doze anos, subiram a Jerusalém,
segundo a tradição da festa [...]
51Em seguida, desceu com eles a Nazaré, permanecendo-lhes submisso.
A sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração.
52E Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e
dos homens (Lc 2, 40-42.51-52).

D. Catequese bíblica

1.        Veio ao meio dos seus.

Por que motivo a família deve escolher um estilo de vida? Quais são os novos estilos de vida para a família de hoje, a propósito do trabalho e da festa? Dois trechos bíblicos descrevem o modo como o Senhor Jesus veio ao meio de nós (cf. Jo 1, 11-12) e como viveu no seio de uma família humana (cf. Lc 2, 40-42.51-52).
O primeiro texto apresenta-nos Jesus que habita no meio do seu povo: «Veio ao meio dos seus, e os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». A Palavra eterna parte do seio do Pai, vem para o meio do seu povo e entra numa família humana. O povo de Deus, que deveria ser o ventre acolhedor do Verbo, revela-se estéril. Os seus não o receberam mas, pelo contrário, eliminam-no. O mistério da rejeição de Jesus de Nazaré insere-se no coração da sua vinda para o meio dos nós. Mas a todos aqueles que o recebem, «deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». Aos pés da cruz, João vê realizar-se aquilo que ele mesmo proclama no início do seu Evangelho. «Quando vê a sua mãe e, perto dela, o discípulo que ele amava» (Jo 19, 26), Jesus confia à mãe o novo filho, e ao discípulo que ele amava, confia a mãe. Depois, o evangelista comenta: «E a partir dessa hora, o discípulo levou-a consigo para a sua casa» (19, 27). Eis o «estilo» que Jesus nos pede, para vir ao meio de nós: um estilo capaz de receber e de gerar.
Jesus pede que a família seja lugar que acolhe e gera a vida em plenitude.
Ela não gera apenas a vida física, mas abre à promessa eà alegria. A família torna-se capaz de «receber», se souber preservar a sua própria intimidade, a história de cada um, as tradições familiares, a confiança na vida e a esperança no Senhor. A família torna-se capaz de «gerar», quando faz circular os dons recebidos, quando conserva o ritmo da existência quotidiana entre trabalho e festa, entre afecto e caridade, entre compromisso e gratuidade. Esta é a dádiva que se recebe em família: conservar e transmitir a vida, no casal e aos filhos.
A família tem o seu ritmo, como a palpitação do coração;é lugar de descanso e de impulso, de chegada e de partida, de paz e de sonho, de ternura e de responsabilidade. O casal deve construir a atmosfera antes da chegada dos filhos. O trabalho não pode tornar a casa deserta, mas a família deve aprender a viver e a conjugar os tempos do trabalho com aqueles da festa. Muitas vezes deve confrontar-se com pressões externas, que não permitem escolher o ideal, mas os discípulos do Senhor são aqueles que, vivendo na realidade das situações, sabem dar sabor a todas as coisas, mesmo àquilo que não se consegue mudar: são o sal da terra. De modo particular, o domingo deve ser tempo de confiança, de liberdade, de encontro, de descanso e de partilha. O domingo é o momento do encontro entre o homem e a mulher. É acima de tudo o Dia do Senhor, o tempo da oração, da Palavra de Deus, da Eucaristia e da abertura à comunidade e à caridade. E deste modo, também os dias da semana receberão luz do domingo e da festa: haverá menos dispersão e mais encontro, menos pressa e mais diálogo, menos coisas e mais presença. Um primeiro passo nesta direcção é ver como habitamos a casa, o que levamos a cabo no nosso lar. É necessário observar como é a nossa morada e considerar o estilo do nosso habitar, as escolhas que ali fizemos, os sonhos que cultivamos, os sofrimentos que vivemos, as lutas que enfrentamos e as esperanças que alimentamos.

2.      O segredo de Nazaré.

Nesse povoado da Galileia, Jesus vive o período mais longo da sua vida. Jesus torna-se homem: com o transcorrer dos anos, ele atravessa muitas das experiências humanas para as salvar todas: faz-se um de nós, entra numa família humana, vive trinta anos de silêncio absoluto, que se tornam revelação do mistério da humildade de Nazaré.
O versículo com que tem início este trecho delineia com poucos traços o «segredo de Nazaré». É o lugar onde crescer em sabedoria e graça de Deus, no contexto de uma família que recebe e gera. «O menino ia crescendo e fortalecia-se: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava sobre ele». O mistério de Nazaré diz-nos de modo simples que Jesus, a Palavra que vem do Alto, o Filho do Pai, se faz menino, assume a nossa humanidade, cresce como um jovem no seio de uma família, vive a experiência da religiosidade e da lei, a vida quotidiana cadenciada pelos dias de trabalho e pelo descanso do sábado, o calendário das festas. O «Filho do Altíssimo» reveste-se com o semblante da fragilidade e da pobreza, é acompanhado pelos pastores e por pessoas que manifestam a esperança de Israel. Porém, o mistério de Nazaré é muito mais: é o segredo que fascinou grandes santos, como Teresa de Lisieux e Charles de Foucauld.
Com efeito, o versículo de encerramento do episódio diz que Jesus «desceu com eles a Nazaré, permanecendo-lhes submisso. A sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura (maturidade), sabedoria e graça diante de Deus e dos homens». Eis o profundo mistério de Nazaré: Jesus, a Palavra de Deus em pessoa, imergiu-se na nossa humanidade durante trinta anos! As palavras dos homens, as relações familiares, a experiência da amizade e da conflitualidade, da saúde e da enfermidade, da alegria e do sofrimento tornaram-se linguagens que Jesus aprendeu, para proferir a Palavra de Deus. De onde vêm, a não ser da família e do ambiente de Nazaré, as palavra de Jesus, as suas imagens, a sua capacidade de contemplar os campos, o camponês que semeia, a messe que lourece, a mulher que mistura a farinha, o pastor que extraviou a ovelha, o pai com os seus dois filhos. Onde foi que Jesus aprendeu a sua surpreendente capacidade de narrar, imaginar, comparar e pregar na vida e com a vida? Não vêm elas porventura da imersão de Jesus na vida de Nazaré? Por isso dizemos que Nazaré é o lugar da humildade e do escondimento. A palavra esconde-se, a semente desce ao ventre da terra e morre para trazer como fruto o amor do próprio Deus, aliás, o rosto paterno de Deus. Este é o mistério de Nazaré.

3.      Os vínculos familiares.

Jesus vive numa família caracterizada pela espiritualidade judaica e pela fidelidade à lei: «Os seus pais iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Tendo ele completado doze anos, subiram a Jerusalém, segundo a tradição da festa». A família e a lei constituem o contexto onde Jesus cresce em sabedoria e graça. A família e a religiosidade judaicas, uma família patriarcal e uma religião doméstica, com as suas festas anuais, com o sentido do sábado, com a oração e o trabalho diário, com o estilo de um amor de casal puro e meigo, fazem compreender que Jesus viveu profundamente a sua família.
Também nós crescemos numa família humana, dentro de vínculos de acolhimento que nos fazem crescer e responder à vida e a Deus. Também nós nos tornamos aquilo que recebemos. O mistério de Nazaré é o conjunto de todos estes vínculos: a família e a religiosidade, as nossas raízes e o nosso povo, a vida diária e os sonhos para o porvir. A aventura da vida humana começa a partir daquilo que recebemos: a vida, a casa, o afecto, a língua e a fé. A nossa humanidade é forjada por uma família, com as suas riquezas e as suas pobrezas.

E. Escuta do Magistério

A vida de família traz consigo um estilo singular, novo e criativo, que deve ser vivido e saboreado no casal e transmitido aos filhos, a fim de que transforme o mundo. O estilo evangélico da vida familiar influi dentro e além do círculo eclesial, fazendo resplandecer o carisma do matrimónio, o mandamento novo do amor a Deus e ao próximo. De maneira sugestiva, o n. 64 da Familiaris consortio exorta-nos a descobrir de novo um rosto mais familiar de Igreja, com a adopção de «um estilo de relações mais humano e fraterno». .

Estilo evangélico da vida em família

«Animada e sustentada pelo mandamento novo do amor, a família cristã vive a acolhida, o respeito, o serviço para com a homem, considerado sempre na sua dignidade de pessoa e de filho de Deus.
Isto deve acontecer, antes de tudo, no e para o casal e para a família, mediante o empenho quotidiano de promover uma autêntica comunidade de pessoas, fundada e alimentada por uma íntima comunhão de amor. Deve além disso ampliar-se para o círculo mais universal da comunidade eclesial, dentro da qual a família cristã está inserida: graças à caridade da família, a Igreja pode e deve assumir uma dimensão mais doméstica, isto é, mais familiar, adoptando um estilo de relações mais humano e fraterno.
A caridade ultrapassa os próprios irmãos na fé, porque "todo o homem é meu irmão"; em cada um, sobretudo se pobre, fraco, sofredor e injustamente tratado, a caridade sabe descobrir o rosto de Cristo e um irmão a amar e a servir.
Para que o serviço ao homem seja vivido pela família segundo o estilo evangélico, será necessário pôr em prática com urgência o que escreve o Concílio Vaticano II: "Para que este exercício da caridade seja e apareça acima de toda a suspeita, considere-se no próximo a imagem de Deus, para o qual foi criado, veja-se nele Cristo, a quem realmente se oferece tudo o que se dá ao indigente" (AA 8)».
[Familiaris Consortio, 64]

F. Perguntas para o casal e o grupo

PARA O CASAL
  1. A nossa família é lugar que recebe e gera a vida em plenitude, nas várias dimensões humanas e cristãs?
  2. Que escolhas fazemos para que a família seja espaço onde crescer em plenitude e graça de Deus?
  3. Que tipo de vínculos familiares, afectivos e religiosos alimentam o crescimento do casal e dos filhos?
PARA O GRUPO FAMILIAR E A COMUNIDADE
  1. Quais são os novos estilos de vida para a família de hoje, entre trabalho e festa?
  2. Quais são as escolhas e os critérios que orientam a nossa vida quotidiana?
  3. Quais são as dificuldades comunicativas e sociais que se devem enfrentar para fazer da família um lugar de crescimento humano e cristão?
  4. Quais são as dificuldades culturais que se encontram na transmissão das formas da vida boa e da fé?

G. Um compromisso para a vida familiar e social

H. Orações espontâneas. Pai-Nosso

I. Canto final 


sábado, 22 de outubro de 2011

"Ajudar casais em crise é obra de misericórdia"



"Ajudar casais em crise é obra de misericórdia" - Afirma um Bispo espanhol

SAN SEBASTIÁN, setembro de 2011 (ZENIT.org) – Os cristãos não podem permanecer indiferentes diante das rupturas matrimoniais e ajudar na reconciliação é uma das maiores "obras de misericórdia" necessárias na atualidade.
Esta foi a mensagem do bispo de San Sebastián, Dom José Ignacio Munilla, no último dia 8 de setembro, em uma Missa celebrada na catedral por ocasião da padroeira da cidade, a Virgen del Coro.

O prelado aludiu aos números fornecidos nessa semana pelo Instituto Espanhol de Política Familiar, segundo os quais atualmente 3 de cada 4 casamentos se rompem na Espanha.
Segundo o informe, em 2000, de cada 100 casamentos, produziam-se 47 rupturas, enquanto em 2010, de cada 100 casamentos, 75 acabavam em rupturas.

Em sua homilia, o prelado vasco pediu que não se minimizasse "a tragédia desses números", pois "não se trata de meras estatísticas, já que, por trás destes dados frios se escondem dramas pessoais, vidas repletas de dor e também fracassadas, crianças desconcertadas, futuros incertos".
"Vivemos em uma geração que conquistou grandes cotas de progresso; e não me refiro somente ao progresso tecnológico, mas também a muitas conquistas sociais. Mas, ao mesmo tempo, há um grande salto entre esse progresso técnico-social e a crise espiritual de que boa parte da população padece", afirmou.

Dom Munilla garantiu que a sociedade atual sofre de "uma orfandade moral e espiritual notórias... O materialismo sufocante e a frivolidade generalizada fazem que estejamos mais necessitados de 'mãe' e de 'pai' que nunca".
"De fato, as feridas afetivas são mais frequentes entre nós do que à primeira vista possam parecer – sublinhou. Caberia afirmar que, em nossos dias, esse ser humano que presume falsamente de autossuficiência está mais necessitado que nunca de ser acolhido com entranhas de misericórdia."

Neste sentido, exortou os presentes a um "esforço paciente em prol da reagrupação das famílias rompidas".
"A saúde do casal e a saúde da família estão especialmente necessitadas de 'misericórdia', isto é, da cura das feridas originadas por tantas rupturas – afirmou. Não existe maior ato de misericórdia que lutar pela unidade da família e ajudar o reencontro dos casais separados!"
"Não podemos permanecer com os braços cruzados enquanto nossos familiares, conhecidos e vizinhos fracassam em seus projetos matrimoniais. É importante que, na medida em que consideremos oportuno, nós nos ofereçamos como canais de comunicação."
Também pediu aos políticos "iniciativas que favoreçam a estabilidade da família". "É muito triste que se tenha chegado a identificar o conceito de 'mediação familiar' com os esforços a favor de uma ruptura pactada, ao invés de entender a mediação familiar como uma terapia para superar as dificuldades que colocam em perigo a unidade da família."
Fonte: Zenit.org

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Namorar com os olhos no futuro


Namorar com os olhos no futuro

Para evitar surpresas desagradáveis no casamento
Apesar do tempo de convivência entre os namorados, algumas pessoas se sentem inseguras em assumir o compromisso conjugal com quem se dizem apaixonadas.

Hoje, ninguém é obrigado a se casar por troca de dotes ou porque foi prometido pelos pais conforme seus interesses. Tampouco somos obrigados a assumir um compromisso tão sério, simplesmente porque o nome da pessoa foi "revelado" numa simpatia ou porque "sentimos" que esta é a pessoa que Deus nos tinha reservado como esposo (a).
Eu acredito que a vocação ao matrimônio é uma ação de Deus, mas a escolha da pessoa com quem vamos realizar o cumprimento desse chamado depende exclusivamente de nós. Pois, considerando a plena liberdade concedida por Ele a todos, seria uma incoerência considerar que essa liberdade se exclui quando se tratasse da vocação ao casamento.

Antes de fazer qualquer opção, há a necessidade de o casal identificar  se o (a) namorado (a)  com quem se relaciona o (a) faz feliz na maneira como se vive ainda em tempos de namoro. Para evitar surpresas desagradáveis no casamento, o namoro nos garante um período em que nos empenhamos para descobrir se a pessoa com quem estamos convivendo manifesta sinais de viver um mesmo propósito de uma vida em comum.

Ainda que não tenhamos, neste relacionamento, a certeza de que o (a) namorado (a) será o (a) futuro (a) esposo (a), somos convidados a fazer pequenas renúncias em favor do outro enquanto convivemos.
Para garantir a felicidade almejada, os casais precisam reavaliar seus propósitos, especialmente se percebem que o (a) namorado (a) tem hábitos muito contrários àqueles que consideram importantes para o convívio a dois. Tais como: a espiritualidade ou a completa falta dela; a relutância ao diálogo; a falta de disposição para o trabalho; o descaso com os compromissos ou, em alguns casos, até a falta de cuidados com a higiene pessoal, entre outros. Entretanto, o pior defeito é aquele em que a pessoa não manifesta desejo de viver as adaptações exigidas no relacionamento. Entre elas inclui-se o desinteresse em desenvolver também o hábito da reconquista, pois sabemos que nem somente de beijos e abraços se faz o namoro.
Com os olhos voltados para o futuro do relacionamento, seria um erro alguém se decidir pelo casamento acreditando que depois de casados a pessoa vai viver as mudanças detectadas, as quais precisam ser trabalhadas já nesse tempo.

Alguns namorados assumem o compromisso do casamento, mas insistem em viver tudo aquilo que fazia parte da sua antiga rotina de solteiros. Cedo ou tarde, isso não será fácil de assimilar, pois, na vida conjugal, outras responsabilidades e afazeres vão surgir, exigindo mais atenção e disposição daquele que se mantinha fechado às mudanças.
Se amar é dedicar-se à conquista do outro dia após dia, o casal de namorados precisará aprender a trabalhar também em suas diferenças, assim como nas reivindicações manifestadas pelo outro. Essas e outras adaptações têm como objetivo lapidar aqueles hábitos e/ou comportamento que não agradam ao outro, a fim de que o namoro amadureça. Assim, o casal chegará à conclusão de que aquela pessoa com quem se relaciona traz virtudes que correspondem aos interesses comuns para viver o vínculo do matrimônio.
Temer por ficar solteiro, apegado a comentários a respeito da idade ou coisa parecida ou ainda não falar das coisas que não agradam, simplesmente por medo das reações do outro, não traz crescimento algum para o convívio a dois.

Será um risco para o casamento se o casal, mesmo conhecendo os erros e entraves do namoro, assume, ainda assim, o compromisso conjugal, pois é com essa pessoa – juntamente com todas as suas tendências e vícios que ela traz consigo – que se pretende estabelecer uma família e construir uma vida. 
Um abraço
 
Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: http://www.dadomoura.com/
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Matrimônios e sacerdotes devem testemunhar o amor de Cristo, exorta o Papa



(ACI/EWTN Noticias) - Ao reunir-se com sacerdotes e famílias da diocese de Ancona (Itália) aonde chegou para encerrar o 25º Congresso Eucarístico Nacional , o Papa Bento XVI alentou os matrimônios e os sacerdotes a darem testemunho do amor de Cristo centrando suas vidas no sacramento da Eucaristia.
O Papa recordou que "ambos os estados de vida aprofundam suas raízes no amor de Cristo (...) e estão chamados a uma missão comum: dar testemunho deste amor e pô-lo ao serviço da comunidade".
Esta perspectiva, continuou o Santo Padre, "permite superar a visão redutiva que considera a família, como mera destinatária da ação pastoral" quando, em troca, "é o lugar privilegiado da educação humana e cristã" e, portanto, "o melhor aliado do ministério sacerdotal".
Por outra parte, "a proximidade do sacerdote à família a ajuda a tomar consciência de sua realidade profunda e de sua missão".
"Nenhuma vocação é uma questão privada e muito menos a do matrimônio, porque seu horizonte é a Igreja inteira. Trata-se de saber harmonizar e integrar (...) o ministério pastoral, com o verdadeiro evangelho do matrimônio e a família para uma comunhão ativa e fraternal. E a Eucaristia é o centro e a fonte desta unidade que anima toda a ação da Igreja".
Bento XVI se dirigiu logo aos sacerdotes e lhes recordou que "pelo dom da ordenação estão chamados a servir como pastores à comunidade eclesiástica, que é 'família de famílias'. Cultivem uma profunda familiaridade com a Palavra de Deus: Ele é sua casa e seu legado. Disto devem ser testemunhas ante as famílias, inclusive nas circunstâncias mais difíceis".
Por isso os exortou a serem "acolhedores e misericordiosos, também com aqueles que mais lhes custem cumprir com os compromissos do vínculo matrimonial e com os que, lamentavelmente, não conseguiram".
Aos casados, o Papa disse que "seu matrimônio se apóia na fé de que Deus é amor e de que seguir a Cristo é permanecer no amor.  Edifiquem suas famílias na unidade, um dom que vem do alto e que alimenta seu compromisso na Igreja e na construção de um mundo mais justo".
"Que seu atuar cotidiano - insistiu logo a todos os presentes- tenha na comunhão sacramental sua origem e seu centro (...) A educação na fé das novas gerações também passa através de sua coerência".
"Sede testemunhas diante delas da beleza exigente da vida cristã" e "para os que estão confiados à sua responsabilidade sejam um sinal da benevolência e da ternura de Jesus: nele se faz visível que o Deus que ama a vida não é alheio ou distante dos assuntos humanos, mas é o Amigo que nunca abandona", concluiu.

Fonte: ACI Digital

Virtudes da família, exemplo para resolver crise

Papa recebe em audiência a Fundação Centesimus Annus

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 20 de outubro de 2011 (ZENIT.org) –

Bento XVI propôs as virtudes da família como exemplo para resolver a crise econômica, ao receber os participantes da jornada "Família, empresa: superar a crise com novas formas de solidariedade", organizada pela Fundação Centesimus Annus.
Durante a audiência, o papa destacou que o mundo do trabalho, da economia e da empresa têm que se guiar pela cáritas, pelo amor, porque "o modelo familiar da lógica do amor, da gratuidade e da doação tem uma dimensão universal".
O pontífice explicou que a justiça comutativa e a distributiva não são suficientes na convivência social.
"Para a verdadeira justiça, é necessária a gratuidade e a solidariedade".
"A solidariedade é todos se sentirem responsáveis por todos; por isso ela não pode ser deixada só nas mãos do Estado".
"Antes, pensava-se que a justiça vinha primeiro e a gratuidade depois, como um complemento, mas hoje é necessário dizer que sem a gratuidade não se consegue nem sequer a justiça".
O papa indicou que "não é dever da Igreja definir as vias para encarar a crise atual". "Porém", prosseguiu, "os cristãos têm o dever de denunciar os males, testemunhar e manter vivos os valores em que se fundamenta a dignidade da pessoa, e promover as formas de solidariedade que favorecem o bem comum, para que a humanidade se torne a família de Deus".
O presidente da Fundação Centesimus Annus, Domingo Sugranyes, explicou que "mesmo nas gravíssimas tensões e incertezas que enfrentamos em nosso trabalho empresarial", a Fundação tenta contribuir com a "nova evangelização de que o mundo moderno precisa urgentemente".
Por isso, anunciou o lançamento de um curso virtual de doutrina social da Igreja, organizado em estreita colaboração com a Universidade Pontifícia Lateranense.
Na segunda jornada da conferência de dois dias, em 14 de outubro, os debates se desenvolveram de maneira especialmente viva, com experiências pessoais sobre temas como o assistencialismo, benefícios sociais, mercado, produtividade, solidariedade, empresas sociais, sempre cotejados com a doutrina social da Igreja.
O reitor de Ciências Políticas da Universidade Católica de Milão, Alberto Quadrio Curzio, explicou a ZENIT que "às vezes há equívocos porque cada um de nós tem uma experiência pessoal de vida concreta". "O aluno tende a exagerar o que faz, e nem sempre se dá conta de que a vida cotidiana é mais complexa. O empresário, por sua vez, insiste no seu próprio negócio".
Devem-se focar "os valores comuns, que devemos não só viver, mas aprender a comunicar partindo da nossa experiência".
Para o reconhecido economista, o ápice do congresso foi "a natureza polivalente da solidariedade: dentro da família, também quando ela se enfraquece, podemos reconstruí-la participando em comunidades mais amplas de solidariedade, em formas associativas".
O congresso destacou a Centesimus Annus, que vê a empresa como uma comunidade e a comunidade familiar como modelo para a empresa.
Os participantes apontaram que os bens econômicos devem ficar em função do trabalho e da pessoa, visão que a encíclica Caritas in veritate aprofunda, propondo a lógica da gratuidade e do dom, não como filantropia, mas como relação de responsabilidade e solidariedade em que todos devem sentir-se responsáveis por todos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pais exemplares: a primeira condição para educar corretamente



Pais exemplares: a primeira condição para educar corretamente

A título de introdução, as reflexões de uma mãe honesta e comum sobre o texto "Pais exemplares" (Por Marta Román):

Puxa, que título: "Pais exemplares".

Quantas vezes não escutamos que um exemplo é melhor que mil palavras, ou que as crianças observam tudo. O que eu mais queria era ser uma mãe exemplar!

Para mim, ter me tornado mãe significa que apenas sou mãe, mas daí a ser "exemplar" há uma grande distância. Eu sou apenas uma mãe honesta e comum como outras mães.

Mas convenhamos que não sou a única. Olho os casais amigos e sei que são boa gente, mas isso de "pais exemplares"... São mais "pais para uso interno".

Claro que Tomás Melendo não dá nenhum "exemplo de pais exemplares". Será que existem? Só se refere ao exemplo de cada um para com seus filhos. Certo que ser pais exemplares não é ser pais "tecnicamente perfeitos". Deve ser algo ao alcance de qualquer pai. Conhecendo Tomás Melendo, não estranharia.

Vou continuar lendo... Muito boas as citações. Gostei desta que diz que a justiça sem misericórdia se converte em crueldade, ou, também, que o que forma o caráter de um menino ou de uma menina é o que aprenderam a amar e admirar desde pequenos. Dá o que pensar.

Estou na metade e ainda não sei como me converter em mãe exemplar. Agora encontro umas idéias que nós, pais para uso interno, aplicamos sem saber que estamos nos convertendo em "exemplares". Ou seja, parece que não é tão difícil.

O ponto 4 se intitula assim: "Para ser pais exemplares". E, aqui está, não é nada pomposo nem espetacular. Até parece fácil e, no meu caso em particular, vou fazer mais de uma pessoa feliz. Genial!

Pais exemplares... por amor  

Vimos no artigo anterior que o amor é a base de toda educação. Pretendo considerar a partir de agora alguns dos princípios que exemplificam e torna acessível este fundamento. O primeiro deles: o poder do exemplo.

1 - "Primum vivere...": a vida ensina mais do que qualquer teoria

As crianças tendem a imitar as atitudes dos adultos, em especial dos que amam ou admiram. Concretamente, jamais perdem de vista os pais, observam-nos continuamente, sobretudo nos primeiros anos. Enxergam também quando não olham e escutam inclusive quando estão ou parecem estar muito ocupados brincando. Possuem uma espécie de radar que intercepta todos os atos e palavras ao seu redor.

Por isso, como escreveu Javier Salinas, educar não consiste em acumular conhecimentos, mas sim em ajudar no desenvolvimento harmonioso de todas as dimensões que constituem uma pessoa. E isso pressupõe, sobretudo, a presença eficaz de autênticos educadores: de alguém a quem imitar, alguém com quem se confrontar e que, por seu modo de viver, ofereça estímulos para alcançar a meta da educação, que é o exercício da liberdade e a vontade de se comprometer com aquilo que é bom, nobre e justo.

Ao que acrescenta imediatamente: "Por outro lado, não se deve esquecer que a educação é fundamentalmente imitação, conhecimento de valores e repetição daquelas formas de comportamento que fazem excelente a pessoa".

Afirmação que se aproxima bastante do que afirmava John Stuart Mill: "O que forma o caráter não é o que um menino ou uma menina podem repetir de memória, mas o que eles aprenderam a amar e admirar".

Por isso os pais educam ou deseducam, antes de tudo, com seu exemplo e, muito particularmente, com a orientação que imprimem ao conjunto de sua existência, ou seja, em última instância,

a) ou o amor próprio

b) ou o amor a Deus e, em Deus e por Deus, a todos os demais.

 

2. Coerência eficaz

Além disso, o exemplo possui um insubstituível valor pedagógico, de incitação, de confirmação e de ânimo:

a) Não há melhor modo de ensinar uma criança a se atirar na água do que fazer isso junto com ela, ou, antes dela.

b) E, da mesma forma, ensinar a comer de tudo, pôr e tirar a mesa, lavar os pratos, pôr o quarto em ordem para que fique mais agradável para todos, ir ao supermercado...

c) Manter no lar uma atitude adequada, no seu modo de vestir e no falar, por exemplo, para também tornar mais agradável a vida dos outros, que irão desfrutar de nosso bom aspecto e disposição.

d) Controlar os aborrecimentos e as raivinhas, a não despejar seu mau-humor sobre o primeiro que encontrar no caminho, estar mais interessado em seus irmãos do que em si mesmo, etc.

Tudo isso as crianças aprendem desde muito pequenas, observando o modo como os pais se tratam entre si e, consequentemente, o modo como tratam os outros, incluindo eles mesmos (os filhos). E segundo o que virem, adotarão um modo de vida ou outro: não só, nem principalmente com seus pais, mas com todos aqueles com quem se relacionem e, muito particularmente, com seus irmãos mais próximos.

Por isso, o teste definitivo da marcha de um lar não é o que um filho esteja disposto a fazer por seus pais - normalmente, se a família funciona, muito ou tudo ou quase tudo - , mas o que cada irmão é capaz de fazer pelos outros, especialmente quando a tarefa em questão deveria ser feita por outro de seus irmãos.

As palavras voam, mas o exemplo permanece, ilumina as condutas, desperta... e arrasta.

 

3. Ou ineficácia, ou até mesmo prejuízo

No extremo oposto, junto com a falta de amor recíproco - esposo-esposa -., a incongruência entre o que se aconselha e o que se vive é o maior mal que um pai ou uma mãe pode infligir a seus filhos.

Coisa que ocorre, sobretudo em determinadas idades – a adolescência, sem dúvida, mas também alguns anos antes -, quando o sentido de "justiça" está rigidamente arraigado nas crianças, superdesenvolvido... e disposto a julgar com excessiva dureza os outros.

Dá espanto ver até que extremos pode ser feroz e desapiedado o juízo de uma criança! E, não obstante, não nos deveria assombrar. Como dizia São Tomás de Aquino:

Se falta a misericórdia, a justiça se converte em crueldade.

 

4. Para serem pais exemplares

Para evitar que isto possa acontecer, ou, dito positivamente, se quisermos ser pais exemplares, que ensinam e conduzam, existe um preceito cuja importância é impossível de exagerar e, ao qual, por isso, recorrerei mais de uma vez.

O melhor modo de se manter e fomentar a harmonia de um lar e o crescimento dos filhos consiste em:

a) Reduzir o quanto for possível o número de normas pelas quais se rege sua conduta: "tantas quanto seja necessário e tão poucas quanto seja possível", sugere Murphy-Witt.

b) Fazer com que estes critérios fundamentais correspondam à verdade e à bondade objetivas, ao que é bom ou mau em si mesmo, e não a preferências ou caprichos dos cônjuges. Por conseguinte, estes preceitos serão cumpridos tanto pelos pais como pelos filhos; também, para não fazer rodeios, o uso da televisão, do computador, celulares e aparelhos semelhantes; a visão de determinados programas, o uso e não abuso de bebidas alcoólicas ou de vontades de comidas; ou, com os matizes imprescindíveis, como a hora de voltar para casa, e a de se deitar.

c) Conseguir que em todo o resto se respeite delicadamente a liberdade e a iniciativa das crianças, - assim como antes, as do cônjuge -, mesmo que o modo como agem, ainda que eticamente lícito, se choque frontalmente com as preferências do pai ou da mãe que, como venho repetindo, não deveria contar para nada.

O que importa é o bem do filho, não meus caprichos nem minhas satisfações de pai ou de mãe


Em resumo, alguns poucos critérios claros - muito poucos, objetivos e imutáveis - e um delicado respeito ao modo de ser de cada um.

5. Estabilidade

Insisto agora em que, apesar do que às vezes pensemos, e do que certas modas um tanto defasadas nos impõem, as crianças e os adolescentes - mais ainda que os adultos – necessitam, de forma imperiosa, de alguns pontos de referência estáveis e sólidos. Do contrário, se tornam inseguros, vacilantes e indecisos, além de sofrerem inutilmente.

Estabelecer essas marcas é tarefa dos pais, que sempre devem determiná-las em função da realidade: do bem e da verdade objetivos, do que redunda em real benefício de todos, porque os ensina a amar melhor, estando mais atentos ao bem dos outros que ao próprio.

Do contrário, segundo recorda Murphy-Witt, as supostas normas variarão continuamente, no vai e vem do humor e da melhor ou pior forma em que se encontrem os pais. E as crianças nunca saberão a que obedecer: em lugar de contar com critérios objetivos de conduta, estarão submetidas ao capricho dos adultos.

"Afinal," - imaginam, ainda que não pensem assim explicitamente -, "são mamãe e papai os que decidem".

E os pais o farão inclusive de forma autoritária, quando não tiverem tempo ou vontade para se enredar em discussões intermináveis. Então, aquele que se declarava amigo e companheiro - fazendo concessões imprudentes e desmedidas -, transforma-se, de repente, em ditador, o que, para as crianças, é muito difícil de entender. Quem poderá estranhar que se rebelem e que não respeitem o que foi estabelecido sem levá-los em conta, e sem tampouco levar em conta o bem e a verdade?

Como se pode notar, também agora o perigo deriva de estarmos mais preocupados com nós mesmos do que com nossos filhos e com o que efetivamente os ajuda a serem melhores.

O resultado é uma flutuação contínua entre a imposição de normas rígidas e arbitrárias, quando nos sentimos com forças e disposição de ajudá-los... e o abandono mais absoluto, quando falam mais alto o cansaço, o desânimo ou a comodidade.

Dessa forma, - acrescenta Murphy-Witt -, acaba-se em situações de alternância entre a concessão de uma suposta liberdade progressista e o não se intrometer por comodidade!

E conclui: "As crianças querem ser educadas. Para isso é necessário que também aprendam a tomar suas próprias decisões, conforme sua idade, passo a passo, sob a orientação paterna. Quem conduzir seu filho cuidadosamente até este objetivo, poderá deixar em suas mãos, com plena e segura confiança, toda a liberdade de decisão a respeito de seus próprios interesses".

As normas que se estabelecem em um lar devem responder à verdade e ao bem, objetivos, reais, não a nossos estados de humor, preferências, ilusões, indiferença ou cansaço.

 

Tomás Melendo Granados

Catedrático de Filosofia (Metafísica)

Diretor dos Estudos Universitários em ciência para a Família - Universidade de Málaga

www.masterenfamilias.com

email: tmelendo@uma.es

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Oração para o VII Encontro Mundial das Famílias


Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Pai
nós Te adoramos, Fonte de toda comunhão.
Proteja e abençoa as nossas famílias
para que nelas haja comunhão e doação mútua entre os esposos,
entre pais e filhos.
Nos te contemplamos Artífices de toda perfeição e de toda beleza.
Conceda a cada família um trabalho digno e justo,
para podermos ter o necessário sustento
e gozar do privilégio de sermos teus colaboradores
na edificação do mundo.
Nós te glorificamos, Motivo de júbilo e de festa.
Abre também às nossas famílias o caminho da alegria e do repouso
para podermos gozar, desde então, daquela alegria perfeita
que nos doaste em Cristo Ressuscitado.
Assim os nossos dias laboriosos e fraternos
são frestas abertas sobre o teu mistério de amor e de luz,
que o Cristo teu Filho nos revelou
e o Espírito vivificador nos antecipou.
E nos viveremos satisfeitos de sermos a tua família,
no caminho para Ti, Deus bendito para sempre.
Amém