-
O Conselho para a Família coordenará e potencializará experiências de pastoral familiar
Por Patricia Navas
BARCELONA, segunda-feira, 11 de maio de 2009 (ZENIT.org).
- O Conselho Pontifício para a Família se propõe a potencializar e coordenar experiências pastorais a favor das famílias entre as dioceses e promover pesquisas que deem a conhecer os benefícios das famílias bem constituídas e os prejuízos das desintegradas.
Assim relevou seu presidente, o cardeal Ennio Antonelli, em uma conferência sobre a família e sua missão educadora, pronunciada no dia 7 de maio no Seminário Conciliar de Barcelona.
O cardeal explicou que o dicastério vaticano trabalhará, em colaboração com as conferências episcopais, “para sensibilizar a opinião pública a favor de uma política favorável às famílias, para que a linguagem dos fatos se imponha à das ideologias”, segundo um comunicado emitido hoje pela sala de imprensa do arcebispado de Barcelona.
O cardeal propôs alguns elementos pastorais para ajudar as famílias, como a criação de grupos de casais nas paróquias, dirigidos por casais bem preparados; a potenciação dos movimentos de espiritualidade e o compromisso das famílias em associações sociais.
Também propôs que a preparação para o casamento seja apresentada como um itinerário que começa quando o casal já fala de unir definitivamente suas vidas.Disse que “é preciso ajudá-los a descobrir o que é a vida cristã, suas atitudes, a relação com Jesus Cristo e com a Igreja, atitudes diante do dinheiro e da sexualidade, o perdão, o espírito de sacrifício e a importância da oração”, segundo o comunicado. Também destacou a importância de “promover encontros de famílias, de diálogo, de oração, de amizade, encontros que abram o círculo familiar fechado”.
Segundo o cardeal, a família atual é fraca, por causa de tendências culturais desfavoráveis a ela e à dignidade da pessoa humana, como o relativismo,o subjetivismo, o utilitarismo, o individualismo e o descrédito da família como uma comunidade de pessoas.Também pela fraqueza das convicções religiosas por parte dos pais, a pouca valorização da prioridade da missão educativa pela falta da presença da figura paterna, a ausência da mãe no lar, o relativismo ético e religioso, traumas familiar causados por separações e divórcios etc.
Para o cardeal, estas carências familiares na missão educadora levam a que os filhos cresçam sem profundas convicções religiosas e seus ideais sejam superficiais e sem contudo espiritual.Trata-se, disse o cardeal, utilizando uma expressão do Papa Bento XVI, de uma “emergência educativa” no interior da família.
O presidente do Conselho Pontifício para a Família recordou que a família deve ser o lugar onde se desenvolva a vocação ao amor, lugar da descoberta do outro, de comunhão e de solidariedade, de valorização das pessoas e das suas diferenças, de descobrimento da vocação ao matrimônio e da identidade sexual.
Deve ser também, disse, o lugar de procriação e educação na confiança e no amor, que vai muito além do ensinamento teórico, o lugar no qual se aprende a ser.
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário