Sínodo 2015: Valores do matrimónio e da família são resposta ao individualismo
Agência Ecclesia - Notícia
Relatório
final sublinha a importância da relação homem-mulher e da abertura à vida
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao
Vaticano
Cidade do Vaticano, 25 out 2015 (Ecclesia)
– O relatório final do Sínodo dos Bispos, que se concluiu hoje no Vaticano,
apresenta os “grandes valores” do matrimónio e da família cristã como respostas
aos anseios da humanidade num tempo de “individualismo” e “hedonismo”.
“A família baseada sobre o matrimónio do
homem e da mulher é o lugar magnífico e insubstituível do amor pessoal que
transmite a vida”, refere o documento conclusivo, com 94 pontos, entregue ao
Papa.
O texto parte de uma análise do contexto
cultural e religioso em que vivem as famílias, face a uma mudança
“antropológica” em que surge o desafio da ideologia do género, que “nega a
diferença e a reciprocidade natural do homem e da mulher”.
O relatório analisa em seguida as
situações dos vários elementos dos agregados familiares, com atenção aos idosos
e criança, aos viúvos e aos solteiros.
Depois de três semanas de debate com
representares dos episcopados católicos nos cinco continentes, o documento
aponta alguns “desafios particulares”, como a poligamia, o casamento entre
católicos e fiéis de outras confissões cristãs ou religiões, a secularização ou
a “desconfiança” dos jovens em relação ao matrimónio.
Nesse sentido, propõe-se uma formação ao
“dom de si”, com incidência nas preocupações sobre uma “sexualidade sem
limites”.
A família é apresentada como o “porto
seguro”, a “célula fundamental” da sociedade numa época de fragmentação.
Tal como tinha sido pedido pelos
participantes, este relatório inclui várias passagens dedicadas ao ensinamento
da Igreja Católica sobre a família e referências à Bíblia, particularmente às
palavras e atos de Jesus.
“A revolução dos afetos que Jesus introduz
na família humana constitui um chamamento radical à fraternidade universal”,
pode ler-se.
Depois de ter assinalado o ensinamento
recente sobre o tema, desde o Concílio Vaticano II (1962-1965) ao pontificado
do Papa Francisco, o documento conclusivo centra-se na questão da
“indissolubilidade”, a qual “corresponde ao desejo profundo de amor recíproco e
duradouro” que Deus “colocou no coração humano”.
Sublinhando que qualquer “rutura” deste
vínculo é “contra a vontade de Deus”, o texto alude, no entanto, às
“fragilidades” de cada pessoa, pelo que a “clareza da doutrina” não pode levar
a “julgamentos” que não tenham em consideração a “complexidade das diversas
situações”.
“A Igreja parte das situações concretas
das famílias de hoje, todas necessitadas de misericórdia, a começar pelas que
mais sofrem”, referem os participantes no Sínodo.
Os responsáveis manifestam a intenção de
acompanhar “cada” família para que possa descobrir o melhor caminho para
“superar as dificuldades”.
Aos católicos é lembrada a
“responsabilidade” de ter filhos, face a uma mentalidade “hostil à vida”,
rejeitando qualquer iniciativa estatal que favoreça “a contraceção, a
esterilização ou mesmo o aborto”.
O documento limita as referências à
homossexualidade ao pedido de um “acompanhamento das famílias” em que vivem
pessoas com “tendência homossexual” e reafirma a oposição da Igreja à
equiparação da união entre pessoas do mesmo sexo ao matrimónio.
O relatório concluiu-se com um pedido ao
Papa para que considere a “oportunidade” de redigir um documento sobre estes
temas.
Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/sinodo-2015-valores-do-matrimonio-e-da-familia-sao-resposta-ao-individualismo/
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao
Vaticano
Cidade do Vaticano, 25 out 2015 (Ecclesia)
– O relatório final do Sínodo dos Bispos, que se concluiu hoje no Vaticano,
apresenta os “grandes valores” do matrimónio e da família cristã como respostas
aos anseios da humanidade num tempo de “individualismo” e “hedonismo”.
“A família baseada sobre o matrimónio do
homem e da mulher é o lugar magnífico e insubstituível do amor pessoal que
transmite a vida”, refere o documento conclusivo, com 94 pontos, entregue ao
Papa.
O texto parte de uma análise do contexto
cultural e religioso em que vivem as famílias, face a uma mudança
“antropológica” em que surge o desafio da ideologia do género, que “nega a
diferença e a reciprocidade natural do homem e da mulher”.
O relatório analisa em seguida as
situações dos vários elementos dos agregados familiares, com atenção aos idosos
e criança, aos viúvos e aos solteiros.
Depois de três semanas de debate com
representares dos episcopados católicos nos cinco continentes, o documento
aponta alguns “desafios particulares”, como a poligamia, o casamento entre
católicos e fiéis de outras confissões cristãs ou religiões, a secularização ou
a “desconfiança” dos jovens em relação ao matrimónio.
Nesse sentido, propõe-se uma formação ao
“dom de si”, com incidência nas preocupações sobre uma “sexualidade sem
limites”.
A família é apresentada como o “porto
seguro”, a “célula fundamental” da sociedade numa época de fragmentação.
Tal como tinha sido pedido pelos
participantes, este relatório inclui várias passagens dedicadas ao ensinamento
da Igreja Católica sobre a família e referências à Bíblia, particularmente às
palavras e atos de Jesus.
“A revolução dos afetos que Jesus introduz
na família humana constitui um chamamento radical à fraternidade universal”,
pode ler-se.
Depois de ter assinalado o ensinamento
recente sobre o tema, desde o Concílio Vaticano II (1962-1965) ao pontificado
do Papa Francisco, o documento conclusivo centra-se na questão da
“indissolubilidade”, a qual “corresponde ao desejo profundo de amor recíproco e
duradouro” que Deus “colocou no coração humano”.
Sublinhando que qualquer “rutura” deste
vínculo é “contra a vontade de Deus”, o texto alude, no entanto, às
“fragilidades” de cada pessoa, pelo que a “clareza da doutrina” não pode levar
a “julgamentos” que não tenham em consideração a “complexidade das diversas
situações”.
“A Igreja parte das situações concretas
das famílias de hoje, todas necessitadas de misericórdia, a começar pelas que
mais sofrem”, referem os participantes no Sínodo.
Os responsáveis manifestam a intenção de
acompanhar “cada” família para que possa descobrir o melhor caminho para
“superar as dificuldades”.
Aos católicos é lembrada a
“responsabilidade” de ter filhos, face a uma mentalidade “hostil à vida”,
rejeitando qualquer iniciativa estatal que favoreça “a contraceção, a
esterilização ou mesmo o aborto”.
O documento limita as referências à
homossexualidade ao pedido de um “acompanhamento das famílias” em que vivem
pessoas com “tendência homossexual” e reafirma a oposição da Igreja à
equiparação da união entre pessoas do mesmo sexo ao matrimónio.
O relatório concluiu-se com um pedido ao
Papa para que considere a “oportunidade” de redigir um documento sobre estes
temas.
Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/sinodo-2015-valores-do-matrimonio-e-da-familia-sao-resposta-ao-individualismo/
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