"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mensagem do Papa João Paulo II às Famílias do Brasil



O Papa João Paulo II será beatificado neste dia Primeiro de Maio, dia de São José Operário. Em sua última visita ao Brasil, ele havia dito:

"Amadas famílias que vos reunis aqui no Rio de Janeiro, vindas de todos os povos e nações! Amadas famílias de todo o mundo, que através do Rádio e da Televisão seguis este Encontro! Saúdo a todas com especial carinho e a todos vos abençôo.


Muito obrigado por esta calorosa manifestação de fé e de alegria que nos quisestes dar hoje, para ajudar-nos a refletir que a família é realmente dom e compromisso pela pessoa e pela vida, e esperança da humanidade. Também a arte foi colocada como instrumento a serviço da mensagem do amor comprometido e da vida, maravilhoso dom de Deus.


Fizeste-nos participar daquilo que o Senhor, Autor do matrimônio e Senhor da vida, realizou em vós. E também testemunhastes o que conseguistes com sua graça. Não é verdade que o Senhor, nas mais distintas situações, inclusive no meio das tribulações e das dificuldades, sempre vos acompanhou? Sim! o Senhor da Aliança, que veio à vossa procura e vos encontrou, sempre vos acompanhou no vosso caminho. Deus Nosso Senhor, o Autor do matrimônio que vos uniu, derramou abundantemente, para vossa felicidade, a riqueza do seu amor. Eu gostaria de recolher aqui, em breve síntese, aquilo que haveis refletido, após uma intensa preparação catequética conforme o Magistério da Igreja, nas Assembléias Familiares, nas Dioceses, Paróquias, Movimentos e Associações. Foi, sem dúvida, uma formosa preparação, cujos frutos trazeis hoje aqui para proveito e alegria de todos.


A família é patrimônio da humanidade, porque é mediante a família que, conforme o desígnio de Deus, deve-se prolongar a presença do homem sobre a terra. Nas famílias cristãs, fundadas no sacramento do matrimônio, a fé nos vislumbra maravilhosamente o rosto de Cristo, esplendor da verdade, que enche de luz e de alegria os lares que inspiram a sua vida no Evangelho. Hoje, infelizmente, vai-se difundindo pelo mundo uma mensagem enganosa de felicidade impossível e inconsistente, que só arrasta consigo desolação e amargura. A felicidade não se consegue pela via da liberdade sem a verdade, porque esta é a via do egoísmo irresponsável, que divide e corrói a família e a sociedade.


Não é verdade que os esposos, como se fossem escravos condenados à sua própria fragilidade, não possam permanecer fiéis à sua entrega total até à morte! O Senhor, que vos chama a viver na unidade de "uma só carne", unidade de corpo e alma, unidade da vida toda, dá-vos força para uma fidelidade que enobrece e que faz com que a vossa união não corra o risco da traição que rouba a dignidade e a felicidade e introduz, no seio do lar, divisão e amargura cujas maiores vítimas são os filhos.


A melhor defesa do lar está na fidelidade que é uma dádiva do Deus fiel e misericordioso, num amor por Ele redimido. As sociedades que se despreocupam da infância são desumanas e irresponsáveis. Os lares que não educam integralmente seus filhos, que os abandonam, cometem uma gravíssima injustiça de que deverão prestar contas diante do tribunal de Deus.


Sei que não poucas famílias são, por vezes, vítimas de situações maiores que elas próprias. Em tais casos, ocorre fazer apelo à solidariedade de todos, porque as crianças acabam sofrendo todas as forma de pobreza: a da miséria econômica e, sobretudo, da miséria moral que produz o fenômeno a que aludia na Carta às Famílias: Há muitos órfãos de pais vivos! Como foi lembrado pelo Cardeal Presidente do Pontifício Conselho para a Família, para servir de símbolo de uma caridade efetiva e fruto do Primeiro Encontro Mundial com as Famílias em Roma, foi concluída uma "Cidade das Crianças" em Ruanda, tendo sido construída com a ajuda de muitas pessoas e algumas generosas instituições; e começam a construir outra em Salvador da Bahia, naqueles mesmos Alagados que visitei e aos quais deixei um apelo à esperança e à promoção humana durante a minha primeira Visita Apostólica ao Brasil em julho de 1980.


Este esforço leva em si uma mensagem e um convite que dirijo ao mundo, através de vós famílias de todo o mundo: acolhei vossos filhos com um amor responsável; defendei-os como um dom de Deus, desde o momento em que são concebidos, em que a vida humana surge no ventre das mães; que o crime abominável do aborto, vergonha para a humanidade, não condene os concebidos à mais injusta das execuções: a dos seres humanos mais inocentes!


Esta proclamação sobre o inestimável valor da vida desde o ventre materno e contra qualquer manobra de supressão da vida, quantas vezes a ouvimos dos lábios da Madre Teresa de Calcutá!? Ouvimo-la todos durante o Ato Testemunhal do Primeiro Encontro, em Roma. Aqueles lábios estão agora mudos pela morte. Mas a mensagem de Madre Teresa em favor da vida continua vibrante e convincente como nunca.


Neste Estádio, convertido agora pelo jogo de luzes como em vitrais de uma imensa Catedral, a celebração de hoje quer chamar a todos a um grande e nobre compromisso, sobre o qual invocamos a ajuda de Deus Onipotente: Pelas famílias, para que unidas no amor de Cristo, organizadas pastoralmente, presentes ativamente na sociedade, comprometidas na sua missão de humanização, de libertação, de construção de um mundo segundo o coração de Cristo, sejam realmente a esperança da humanidade!


Pelos filhos, para que cresçam como Jesus, no lar de Nazaré. No seio das mães, dorme a semente da nova humanidade. No rosto das crianças, brilha o futuro, o futuro milênio, o porvir que está nas mãos de Deus. Pelos jovens, para que se empenhem, com grande entusiasmo, a preparar sua família de amanhã, educando-se a si mesmos para o amor verdadeiro que é abertura ao outro, capacidade de escuta e de resposta, compromisso de doação generosa, inclusive a custo de sacrifício pessoal, e disponibilidade à compreensão recíproca e ao perdão.


Famílias de todo o mundo, quero concluir renovando um apelo: Sede testemunhos vivos de Cristo, que é "o caminho, a verdade e a vida" (cf. Carta às Famílias, 23)! Deixai que entrem no próprio coração os frutos do Congresso Teológico-Pastoral recém concluído. E que a graça e a paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo, estejam convosco! (c. 2 Cor 1,2) Maria, Rainha da Família, Sede da Sabedoria, Serva do Senhor, rogai por nós. Amém.


Fonte:

http://www.cancaonova.com/portal/canais/especial/jp2004/papa17.php

terça-feira, 26 de abril de 2011

"A Páscoa é uma festa de família!" (Padre Luizinho)


"Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente, ALELUIA!!!"

"Que conceito bonito este de que a família é a Igreja doméstica:


"Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concilio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de "Eclésia domestica". É no seio da família que os pais são 'para os filhos, pela palavra e pelo exemplo... os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada'" (Catecismo da Igreja Católica, n° 1656).


O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de "Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã (Catecismo da Igreja Católica, n° 1666).


Os pais são os primeiros a transmitir a fé, os valores cristãos e universais e uma boa educação para os filhos. Pai e mãe são mestres da vida, pela palavra e pelo exemplo eles nos ensinam coisas que vamos levar para a vida toda, que irão influenciar as nossas escolhas e, principalmente, formar a nossa consciência do bem e do mal. Serão os primeiros catequistas, que, muito mais do que ensinar, irão transmitir pela prática, porque os filhos os verão fazendo.


Eu mesmo poderia dizer da minha mãe e da minha avó quando as via rezar o terço diante da imagem de Nossa Senhora: "Era uma santa ouvindo o que a outra santa dizia!" Meus pais imprimiram em mim muito mais do que traços biológicos e heranças hereditárias, qualidades e defeitos e o desejo de um futuro brilhante. Eles fizeram com que eu experimentasse o amor de Deus e a graça da fé. Quando ainda era criança, sem que eu entendesse, me deram um banho de Água Viva, que me fez nascer de novo e me enxertou em Cristo Jesus. Dando-me assim o Dom da imortalidade e a graça de pertencer a uma família muito grande: a Igreja!


Como explicar para as nossas crianças e jovens que, na Páscoa, o mais importante é a festa da vida que vence a morte? Que Cristo verdadeiramente foi morto numa cruz e que, por aceitar morrer assim, Ele nos libertou do pecado e nos salvou pela Sua Ressurreição? A Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como o chocolate, é cheio de vida como o ovo e é tão fecundo como um casal de coelhinhos. É preciso ter a coragem de celebrar a fé em família e ensinar o verdadeiro sentido de ser cristão.


Celebrar a Páscoa é renascer com Cristo ressuscitado, é passar da morte para a vida, é vencer o pecado e a morte. É também celebrar a vida com o sabor de um ovo de chocolate e mostrar ao mundo que o cristão precisa ser como o coelho: fecundo em virtudes, amor e santidade. É arrumar uma ceia e acender uma vela para convidar os amigos e parentes para se iluminarem com a luz de nossa fé. Uma fé que nasce e renasce constantemente no seio de nossas famílias. É ser criativo e pedir ao Espírito Santo que grave em nossos corações a Graça e o verdadeiro sentido dos símbolos pascais:


O Círio Pascal: Representa o Cristo Ressuscitado, que deixou o túmulo, radioso e vitorioso. Na vela pascal ficam gravadas as letras Alfa e Ômega, significando que Deus é o princípio e o fim. Os algarismos do ano também ficam gravados no Círio Pascal. Nas casas cristãs é comum o uso da vela no centro da mesa no almoço de Páscoa.


O ovo, aparentemente morto, é o símbolo da Vida que surge repentinamente, destruindo as paredes externas e irrompendo com a vida. Simboliza a Ressurreição.


O Cordeiro: Na Páscoa da antiga Aliança, era sacrificado um cordeiro. No Novo Testamento, a vítima pascal é Jesus Cristo, chamado Cordeiro Pascal.


O Coelho: Símbolo da rápida e múltipla fecundidade da Igreja, que está espalhada por toda a parte, reproduzindo fiéis: há um número incalculável de filhos de Deus, frutos da Graça da Ressurreição.


O Trigo e a Uva: Simbolizam o pão e o vinho da Santa Missa e, por seu grande significado com a Trindade Santa, traduzem, por excelência, o símbolo Pascal. Para a ornamentação da mesa de Páscoa, nada mais indicado que um centro feito com uvas e trigo, entre cestas de pães e jarras de vinho.


O peixe é o mais antigo dos símbolos de Cristo. Se Cristo é o Grande Peixe, somos os peixinhos de Cristo. Isso quer dizer que devemos sempre viver mergulhados na Graça de Cristo e na Vida Divina, trazidas a nós pela água do batismo, momento em que nascemos espiritualmente, como os peixinhos nascem dentro d'água.


Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente ALELUIA!!!


FELIZ PÁSCOA!"


Autor:
Padre Luizinho - Comunidade Canção Nova
Fonte:
http://www.santuariosantaterezinha.com.br/

Segredos para uma união vencedora!


Três dicas para uma união vencedora!


Afetuosidade: troca de afeto, sinônimo de bem-querer.


Casal é simbiose de amor, união, afeto. Por isso, ele e ela devem olhar-se com ternura, tratar-se com admiração e respeito, multiplicar carícias, dividir paixão.
Afetuosidade é amizade, ternura, simpatia. É ser esteio um do outro. É seguir, lado a lado, os caminhos fáceis da vida e jamais se separar nas travessias difíceis.
Afeto é inclinar-se para o amado, ofertar carinhos, não pensar em si e deixar o outro em segundo plano. É um olhar para o outro e saber-se seguro e protegido quando as adversidades surgirem. É remar no mesmo barco, juntos, e ao sopro das tormentas erguer as velas da esperança e ancorar tranquilo no cais da prosperidade.
Afetuosidade são duas almas, um só corpo. Ela solidifica o amor e faz longeva a união. A ausência da afetuosidade, ao contrário, traz a indiferença, a frieza nas relações, a brevidade da vida conjugal.
Casais afetuosos agem e interagem pelo mesmo sonho e edificam os castelos de um futuro melhor. Planos, trabalho, família, convergem numa só direção, vertentes de um mesmo rio, que vão desaguar nas cristalinas cascatas da felicidade!

Agressividade: guarde-a para os desafetos, não para quem ama!

Não raro, ante uma palavra mal expressada ou um ato incompreendido, o casal “se estranha” e passa a tratar-se de forma ríspida. A doçura do amor que havia é trancada no calabouço da intransigência e a agressividade é libertada. Onde, bastaria uma simples reconsideração para amainar os ânimos, ergue-se uma parede quase intransponível. E, afinal, que lucro traz essa postura do casal?
É certo, em verdade, que a agressividade é um manancial de prejuízos. Quando o amor sofre “pancadas” da ira momentânea, além da ruptura do sentimento, o patrimônio do casal entra em declínio. Saber entender, pois, um ao outro, é possível, imprescindível e um multiplicador de afeto e de bons frutos.
Abrir o coração para a amistosidade, conversar em tom sereno e cordial, desculpar e ser desculpado, é uma forma de se chegar a um consenso e assim restabelecer o entendimento e reavivar o amor. Para que isso ocorra há que um ou outro ceder, mesmo a contragosto, afinal quando um abaixa a guarda o outro não ergue a espada!

Amor: poder que une corações, para sempre!

De todos os sentimentos que envolvem o relacionamento de um casal, há um que norteia o comportamento, estreita a união e alarga os horizontes do entendimento, e escreve o destino com letras de ouro; um sentimento único, puro como o lúmen das estrelas, que perdoa, conforta a dor, ilumina as trevas da desesperança e faz resplandecer a aurora de um novo dia: o amor!
O amor é o mais nobre dos sentimentos, aquele que une duas pessoas para, juntas, viverem a mesma vida até o final dos tempos. Sim, amigos, o amor é a aliança divinal que encadeia dois corações como se fosse uma só unidade!
O amor é isso, docilidade, meiguice, calor humano; é dar-se sem nada pretender em troca; é condescender, ser amigo, cúmplice, amado, amante. É aceitar um ao outro com suas virtudes e defeitos, e, juntos, conjugarem o verbo viver em todos os seus tempos e formas.
O amor é uma música suave que o casal deve cantar a uma única voz. E, a um só movimento, dançar, ventres unidos, a dança mágica que conduz os corpos à explosão do prazer e à perpetuação da vida!






Autor:
Inácio Dantas
(do livro “Segredos para uma união vencedora”)



Fonte:
http://www.escoladepais.org.br/secao.php?cod=137

quarta-feira, 13 de abril de 2011

NOVO CATECISMO JUVENIL NÃO RECOMENDA ANTICONCEPCIONAIS


Um erro na tradução italiana leva a interpretações errôneas


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de abril de 2011 (ZENIT.org) - O novo catecismo para jovens, publicado com uma introdução de Bento XVI, não é a favor dos anticoncepcionais, ao contrário do que foi anunciado por fontes de informação na internet, que se basearam em uma tradução errônea da versão italiana.

Ainda que vários sites tenham exibido títulos como "Catecismo para JMJ sugere que casais cristãos usem anticoncepcionais", uma leitura completa de "YouCat" (‘Youth Catechism'), que será distribuído na mochila do peregrino a cerca de 700 mil participantes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), demonstra o contrário.

A versão italiana do original alemão, que contém um erro de tradução em uma pergunta sobre o assunto (não na resposta), esclarece a diferença entre o uso de métodos naturais de planejamento familiar e os artificiais, enfatizando os problemas morais que estes últimos apresentam.

Devido ao problema da tradução, a editoria na Itália, ‘Città Nuova', anunciou ontem que parou a distribuição do catecismo, enquanto analisa do texto, como explicou uma porta-voz da editora à agência católica norte-americana CNS.

"YouCat" é um trabalho realizado pela Conferência Episcopal Austríaca, cujo presidente é o cardeal Christoph Schönborn, OP, editor-adjunto do Catecismo da Igreja Católica, de acordo com as conferências episcopais da Alemanha e Áustria.

No número 420, segundo a tradução em espanhol, a pergunta diz: "Um casal cristão pode utilizar métodos de controle de natalidade?". No entanto, em italiano, a questão é a seguinte: "Um casal cristão pode usar métodos anticoncepcionais?". "YouCat" responde: "Sim, um casal cristão pode e deve agir de forma responsável com o dom de dar vida".

Apesar desse mal-entendido causado pela pergunta mal traduzida, os demais textos do "YouCat" esclarecem toda dúvida.

"Às vezes pode haver condições sociais, psicológicas e de saúde nas quais um filho poderia representar um desafio enorme, quase sobre-humano - afirma a tradução distribuída em italiano; por este motivo, existem critérios claros que um casal cristão tem de levar em consideração: a regulação dos nascimentos não pode significar que um casal está evitando a concepção por princípio; tampouco pode significar que excluem os filhos por razões egoístas; nem pode significar, por fim, que possa intervir uma coação externa (quando, por exemplo, o Estado decide quantos filhos um casal deve ter). Finalmente, não pode significar que se pode usar qualquer método anticoncepcional."

A questão do número 421 é: "Por que não são igualmente bons todos os métodos para evitar a concepção de um filho?".

"YouCat" responde em italiano, com uma tradução que basicamente corresponde ao original em alemão: "Dentre os métodos para regular de maneira consciente a concepção, a Igreja se refere às práticas mais avançadas da auto-observação e de planejamento familiar natural; estas respeitam a dignidade do homem e da mulher; respeitam as leis internas do corpo feminino; exigem ternura e atenção mútua e, portanto, são uma escola de amor".

"A Igreja presta atenção escrupulosa ao respeito pela natureza e vê nela um significado profundo. Para a Igreja, portanto, não é indiferente que um casal manipule a fertilidade da mulher ou recorra a períodos férteis e não-férteis. Em nome do planejamento familiar natural, o adjetivo "natural" não é proposto por acaso: é ecológico, íntegro, respeita o casal e sua saúde. Além disso, se usado ​​corretamente, é ainda mais eficaz do que a pílula (ou seja, tem maior Índice de Pearl)."

"Pelo contrário, a Igreja rejeita todos os métodos artificiais de contracepção, sejam métodos químicos (a pílula), mecânicos (preservativo, espiral) ou cirúrgicos (esterilização), que interferem, manipulando-a, a união entre o homem e a mulher. Estes métodos artificiais podem inclusive pôr em perigo a saúde da mulher, ter uma ação abortiva e comprometer, a longo prazo, o amor do casal", conclui a publicação distribuída em Roma.

Junto com essa resposta, "YouCat" oferece o texto da encíclica ‘Familiaris Consortio' (n. 32), de João Paulo II: "Quando os cônjuges, mediante o recurso à contracepção, separam estes dois significados que Deus Criador inscreveu no ser do homem e da mulher e no dinamismo da sua comunhão sexual, comportam-se como ‘árbitros' do plano divino e ‘manipulam' e aviltam a sexualidade humana, e com ela a própria pessoa e a do cônjuge, alterando desse modo o valor da doação ‘total'. Assim, à linguagem nativa que exprime a recíproca doação total dos cônjuges, a contracepção impõe uma linguagem objetivamente contraditória, a do não doar-se ao outro: deriva daqui, não somente a recusa positiva de abertura à vida, mas também uma falsificação da verdade interior do amor conjugal, chamado a doar-se na totalidade pessoal".

O documento também cita as palavras de Madre Teresa de Calcutá, no seu discurso ao receber o Prêmio Nobel da Paz em 1979: "O planejamento familiar natural é apenas o autocontrole do amor mútuo entre os esposos".

"YouCat" foi apresentado ontem, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo cardeal Stanislaw Ryłko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, pelo cardeal Schönborn, pelo arcebispo Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, e por dois jovens que colaboraram na redação.


terça-feira, 12 de abril de 2011

A vida familiar de Santa Gema Galgani


"Gema Galgani nasceu a 12 de março de 1878 em Camigliano, um vilarejo situado perto de Lucca, na Itália. Gema em italiano significa jóia. Seu pai era um próspero químico e descendente do Beato João Leonardi. A mãe de Gema era também de origem nobre. Os Galgani eram uma família católica tradicional que foi abençoada com oito filhos.
Gema, a quinta a nascer e a primeira menina da família, desenvolveu uma atração irresistível pela oração enquanto ainda era muito pequena. Esse carinho pela oração lhe veio de sua piedosa mãe, que lhe ensinou as verdades da Fé da Igreja Católica. Foi a sua mãe que infundiu em sua preciosa alma o amor pelo Cristo Crucificado.
A jovem santa aplicou-se com zelo à devoção. Quando Gema tinha apenas cinco anos, ela lia o Ofício de Nossa Senhora e o Ofício dos Defuntos no Breviário com tanta facilidade e rapidez quanto um adulto.
Quando a mãe de Gema tinha de se ocupar com suas tarefas diárias de dona-de-casa, a pequena Gema puxava a saia da mãe e dizia: “Mamãe, conte-me um pouco mais sobre Jesus”.
"Infelizmente, a mãe de Gema deveria morrer em breve. No dia em que Gema recebeu o Sacramento da Confirmação, enquanto rezava ardentemente na missa pela recuperação de sua mãe (a Senhora Galgani estava gravemente doente), ela ouviu uma voz em seu coração que dizia, « Tu me darás a tua mãezinha ? »
“Sim," respondeu Gema, “contanto que Tu me leves também.”
“Não," replicou a voz, "dá-Me a tua mãe sem reservas. Por ora, tu deves esperar com o teu pai. Vou te levar para o céu mais tarde.”
Gema simplesmente respondeu “Sim”.
Este “sim” seria repetido ao longo de toda a breve vida de Santa Gema, como resposta ao convite de Nosso Senhor para que ela sofresse por Ele."

Santa Gema Galgani, rogai pelos carmelitas seculares!