"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Eu vos uno" (Frei Jacques de Jesus)


"Eu vos uno em nome do Pai. No mistério da vida íntima de Deus, o Pai designa a pessoa divina que engendra. Convém, portanto, pedir a bênção do Pai, fonte de toda vida, sobre vós, que ides receber a faculdade de dar a vida. “Dar a vida não é, para um pobre ser humano, uma grande honra e também uma grande felicidade? Quanto, pois, suplico ao Pai fazer-vos compreender e apreciar a felicidade delicada e profunda que tereis de ser doadores de vida! (...)


Eu vos uno em nome do Filho. O Filho é o Verbo que se encarnou, o qual, tornado Cristo, caminhou em nossos caminhos, comeu nosso pão, dormiu nosso sono, mas também chorou nossas lágrimas. Para as horas em que vos visitar a dor, sob formas imprevisíveis, de toda minha alma quero rogar ao Filho – o Filho que sofreu nossos sofrimentos – que vos abençoe, para que, nas horas de provação, continueis a crer sempre na felicidade da vida e para que vos seja uma força e um consolo a doçura excelente de vosso amor mútuo. (...)


Eu vos uno, enfim, em nome do Espírito Santo. Como é necessário que vos abençoe o Espírito Santo, para derramar sobre vós alguma coisa de seu imenso amor, pois o lar que vós fundais, nascido do amor, não poderá durar se não está banhado em uma atmosfera de amor. Em Deus, o Espírito Santo é um sopro infinito de amor que une o Pai ao Filho. Ah, sim, como é necessário que o Espírito Santo vos abençoe abundantemente, para que vosso amor seja o amor duradouro criado por Deus."

Autor: Frei Jacques de Jesus, OCD, Servo de Deus -
Homilia proferida durante um casamento.


ENAMORADOS



"Eles se chamam de namorados.
Enamoram-se um do outro.
Tomaram-se de amores e no amor é que eles moram.
Alguma coisa mais forte que os dois tomou conta deles; quando perceberam que o que sentiam
era mais profundo do que uma bonita amizade.

Era um desejo de se conhecer mais e mais,
de sonhar e caminhar juntos e descobrir,
juntos, o quase infinito de cada um.
Agora, não se imaginam um sem o outro.
Nenhuma graça tem graça sem a graça dela.
Nenhuma graça tem graça sem a graça dele.
Precisam falar de pequenas coisas, muitas e muitas vezes; precisam saber detalhes; tudo é bonito e tudo interessa;
tudo é importante;
para eles todo o tempo do mundo é pouco.
E a eternidade só existe quando estão longe,
e quando não se falam nem se encontram.

Que bom que os namorados existem!
Louvado sejas, porque eles ainda sonham com amores perfeitos.
Sem eles, que chances teria o futuro?
Por isso toma-os no colo. Aos dois!
Vão precisar do infinito para que seu amor não pereça
mas, por enquanto, é de amor que eles vivem.

É o amor que os mudou. É o amor que os motiva.
Que cheguem aonde chega todo amor sereno!
Que se plenifiquem !
E um e outro encontrem o perdão e a paz de quem ama
e sabe porque ama!

Bom dia, Deus.
No dia de hoje ,
um beijo infinito como o teu em cada casal enamorado."

Autor: Padre Zezinho, SCJ
Fonte: http://www.padrezezinhoscj.com


Oração de Santa Teresinha a seu Pai

Em um dia 22 de agosto, que atualmente é memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha, nascia o Bem-Aventurado Luíz José A. Estanislau Martin, que casou-se com a Bem-Aventurada Zélia Guérin e, juntos, foram pais de nove filhos, entre os quais, Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face.

Depois da passagem de seus queridos pais, Santa Teresinha escreveu um poema que aparece no volume de suas obras completas com o título de "ORAÇÃO DA FILHA DE UM SANTO". Partilhamos trechos desta oração, recordando carinhosamente o aniversário do Beato Luíz, patriarca desta santa família, e convidando-lhe a rezar pelos pais falecidos.

"Recorda-te de que outrora na terra

Tua felicidade era sempre nos amar.

De tuas filhas escuta agora a prece,

Protege-nos, digna-te ainda nos abençoar.

Encontraste, no céu, nossa Mãe querida

Que já te precedera na Pátria eterna:

Agora nos Céus

Reinai os dois.

Velai por nós!

Recorda-te!...

Tuas filhas, agora, em orações tão puras,

Agradecem a cruz das tuas amarguras!...

Em tua fronte sem véu

Hoje brilham, no céu,

Nove lírios em flor!"

(Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, citada no livro de Frei Patrício, ocd, "Um casal especial: os pais de Santa Teresinha", Ed. Canção Nova, São Paulo, 2010).

JM+JT

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!



http://comsantateresa.org.br/

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

E a família, como vai?

"Desejo, pois, dirigir-me a todas as famílias e dizer-lhes que são uma grande bênção de Deus! A família deveria ser reconhecida pela ONU como um “patrimônio da humanidade!” Se há cidades, monumentos e ruínas antigas que recebem esse reconhecimento, quanto mais ele caberia bem para a família, que tanto bem realizou e ainda realiza no presente, à pessoa, à sociedade!

Não vou tratar aqui dos problemas familiares, das crises do casal, das dificuldades na educação dos filhos, dos desencontros que inevitavelmente surgem ao longo da vida e das famílias mal constituídas ou fracassadas. Tudo isso, sem dúvida, existe, mas não coloca em dúvida a importância da família. Quero falar bem da família, da sua importância na vida das pessoas, da sociedade e da Igreja. Ela presta um serviço insubstituível à pessoa, desde o seu nascimento até à morte e se revela fundamental, sobretudo, nas fases extremas da vida, na infância e na velhice, quando as pessoas são quase inteiramente dependentes da ajuda e da proteção de outros. Imaginemos a criança recém-nascida, sem o aconchego familiar... Ou o doente, a pessoa idosa, já incapaz de se ajudar...

A família está fundada sobre as bases da natureza e do amor, ela é humanizadora e “personalizadora” e faz com que o indivíduo não se sinta isolado no mundo, ou um objeto útil para outros fins, mas um sujeito em diálogo com outros sujeitos e participante de um grupo de base, onde a pessoa vale por ela mesma, e não porque ela pode ser útil ou interessante para a sociedade, para o sistema econômico ou político.

A família também é um bem para a grande sociedade. Continua valendo o princípio afirmado há muito tempo pela Doutrina Social da Igreja e pela antropologia cristã: a família é a célula básica da sociedade, uma instituição natural que precede a sociedade política; ela é intermediária entre o indivíduo e o Estado, com a diferença que neste pequeno núcleo de relações humanas, a pessoa conta por ela mesma, e não apenas pelo interesse que ela possa ter para a sociedade. Se a grande sociedade descuida da família, ela destrói suas próprias bases. Existem estudos científicos recentes, do ponto de vista sociológico e antropológico, que deixam claro: onde o cidadão está amparado por uma família, a sociedade tem mais solidez e coesão; e o Estado tem muito menos problemas para resolver na educação, na saúde, na formação do senso ético, na superação da violência. E, ao invés disso, muito maiores problemas de violência, de abandono de pessoas, de depressão são constatados onde as relações familiares estão comprometidas, ou não existem.

Em tempos de campanha eleitoral seria bom ouvir dos candidatos a todos os cargos em questão, do Executivo e do Legislativo, quais são suas convicções e propostas de políticas públicas para a família. Como pretende proteger e defender a família natural, formada a partir da união de um homem com mulher? Como pretende promover a paternidade e a maternidade responsável? O que pensa do aborto? Da eutanásia? Da união civil de pessoas do mesmo sexo? Do incentivo à atividade sexual precoce de crianças e adolescentes, mediante a distribuição de preservativos nas escolas?

Faria bem o Estado, se investisse mais na família através de políticas públicas para incentivar os jovens a formar famílias bem constituídas. Se alguém pensa que isso é discurso “moralista” ou “religioso”, está muito equivocado, pois é dever do Estado cuidar da família e ajudá-la a realizar bem sua missão. Se as famílias conseguem conviver num espaço digno, educar bem os filhos, encaminhá-los na vida para serem pessoas de bem, isso será um ganho para toda a sociedade e o Estado.

Pela importância antropológica, educativa, econômica e política que a família tem, bem que o futuro Governo Federal poderia instituir um Ministério da Família, que se ocupasse do amparo e do incentivo à família. Seria uma enorme ajuda ao próprio Estado, que passaria a se preocupar mais diretamente com as pessoas, suas situações e necessidades. Será que é demais, sonhar com isso? Espero que não."


Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo



P.S. Este artigo foi publicado no jornal "O São Paulo", da Arquidiocese de São Paulo, e divulgado em zenit.org.

Uma Serva de Deus que converteu o marido


Uma mulher extraordinária: Pauline–Elisabeth Leseur (1866-1914)

"Pauline-Elisabeth nasceu em Paris aos 16/10/1866; recebeu da família uma sólida educação cristã e valioso patrimônio cultural, que utilizou durante toda a vida na qualidade de escritora. Casou-se com Félix Leseur, materialista e colaborador de jornais anticlericais, que tudo fez para extinguir a fé da esposa; coagiu-a a ler obras de autores racionalistas, como “Les Origines du Christianisme” e “La Vie de Jésus” de Ernest Renan.

Elisabeth, porém, percebeu a fragilidade das hipóteses de Renan e quis controlar a validade dos seus argumentos, dedicando-se intensamente ao estudo da Religião, do Evangelho e de S. Tomás de Aquino. Este aprofundamento só contribuiu para tornar mais convicta a sua vida cristã, levando-a a exercer o apostolado entre os intelectuais e incrédulos, como também a praticar obras de caridade. Muito se empenhou pela conversão de seu marido, sem o conseguir, até o momento de sua morte ocorrida em Paris aos 03/05/1914.

Tendo perdido a esposa, o viúvo descobriu o Diário deixado por ela: “Journal et Pensées pour chaque jour” (Jornal e Pensamentos para cada dia). A leitura destas notas impressionou Félix Leseur, que resolveu mudar de vida; uma vez convertido, fez-se frade dominicano e tornou-se grande propagandista das obras de sua esposa: além do journal… publicado em Paris (1917), editou “Lettres sur la Souffrance” (Cartas a respeito do Sofrimento), Paris 1918; “La Vie Spirituelle” (A Vida Espiritual) Paris 1918; “Lettres à des Incroyants” (Cartas e Incrédulos) Paris 1922.

Eis outro grande vulto feminino, que atesta quanto pode ser forte a mulher fiel a Deus e ao seu compromisso conjugal. Elisabeth deixou escrita famosa sentença, que revela o segredo do seu êxito apostólico: “Uma alma que se eleva, eleva o mundo inteiro” (2). Elevando-se em Deus no silêncio, na paciência e ano amor perseverante, ela conseguiu elevar seu marido e, com ele, muitos e muitos irmãos, pois na comunhão dos Santos o cristão se torna espiritualmente fecundo, sem mesmo poder avaliar o alcance de sua vida fiel e tenaz (Deus, porém, o vê).

Sem dúvida, seria possível arrolar muitas outras Elisabetta e Elisabeth, cuja história heróica e fecunda só Deus conhece. Possam as mulheres cristãs de nossos dias reconfortar-se com tais testemunhos e crer sempre mais no elevado preço da vida fiel a Deus e a Cristo na Santa Igreja!"

Notas: (1) Nas Ordens Religiosas medievais, a Ordem Primeira è a dos frades; a Ordem Segunda é a das freiras, e a Ordem Terceira é a dos leigos e leigas, que, vivendo da espiritualidade respectiva, permanecem no mundo.


(2) Esta frase mereceu ser citada pelo S. Padre João Paulo II na sua Exortação Apostólica sobre Reconciliação e Penitência nº. 16: “Reconhecer… uma solidariedade humana tão misteriosa e imperceptível quanto real e concreta… uma faceta daquela solidariedade que, a nível religioso, se desenvolve no profundo e magnífico mistério da Comunhão dos Santos, graças à qual se pode dizer que “cada alma que se eleva, eleva o mundo”.

Autor: Dom Estevão Bettencourt. Publicado pelo Prof. Felipe Aquino em http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/12/18/

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Superar dificuldades na família…com o auxílio de Deus!


"A família fundamentada no matrimônio constitui um “patrimônio da humanidade”, uma instituição social fundamental; é a célula vital e o pilar da sociedade, e isto diz respeito tanto aos crentes como aos não-crentes. Trata-se de uma realidade que todos os Estados devem ter na máxima consideração porque, como João Paulo II gostava de reiterar, “o futuro da humanidade passa através da família” (Familiaris consortio, 86).


Além disso, na visão cristã o matrimônio, elevado por Cristo à altíssima dignidade de sacramento, confere maior esplendor e profundidade ao vínculo conjugal e compromete mais vigorosamente os esposos que, abençoados pelo Senhor da Aliança, se prometem fidelidade recíproca até à morte, no amor aberto à vida. Para eles, o cerne e o coração da família é o Senhor, que os acompanha na missão de educar os filhos rumo à maturidade. De tal maneira, a família cristã coopera com Deus não somente na geração da vida natural, mas inclusive na cultivação dos gérmens da vida divina recebida mediante o Baptismo. Estes são os conhecidos princípios da visão cristã do matrimônio e da família. Recordei-os uma vez mais na quinta-feira passada, quando falei aos membros do Pontifício Instituto “João Paulo II” para os Estudos sobre Matrimônio e Família.


No mundo contemporâneo, em que se vão difundindo algumas concepções equívocas sobre o homem, a liberdade e o amor humano, nunca nos devemos cansar de apresentar sempre de novo a verdade sobre a instituição familiar, como foi desejada por Deus desde a criação. Infelizmente, continua a aumentar o número de separações e de divórcios, que fragmentam a unidade familiar e criam não poucos problemas para os filhos, vítimas inocentes de tais situações. Hoje em dia, a estabilidade da família está particularmente em perigo; para a salvaguardar, é necessário ir com freqüência contra a corrente, em relação à cultura predominante, e isto exige paciência, esforço, sacrifício e busca incessante de compreensão mútua.


Mas também nos dias de hoje os cônjuges podem superar as dificuldades e conservar-se fiéis à sua vocação, recorrendo ao auxílio de Deus através da oração e participando assiduamente nos sacramentos, de maneira particular na Eucaristia. A unidade e a solidez das famílias ajuda a sociedade a respirar os valores humanos autênticos e a abrir-se ao Evangelho. Para isto contribui o apostolado de não poucos Movimentos, chamados a trabalhar neste campo em harmoniosa sintonia com as Dioceses e as paróquias.


Além disso, actualmente um tema mais delicado do que nunca é o respeito devido ao embrião humano, que deveria nascer sempre de um ato de amor e ser já tratado como pessoa (cf. Evangelium vitae, 60). Os progressos da ciência e da técnica, alcançados no âmbito da bioética, transformam-se em ameaças quando o homem perde o sentido dos seus limites e, a nível prático, pretende subsituir-se a Deus Criador. A Carta Encíclica Humanae vitae confirma com clarividência que a procriação humana deve ser sempre o fruto do acto conjugal, com o seu dúplice significado unitivo e procriativo. Exige-o a grandeza do amor conjugal, segundo o projecto divino, como recordei na Encíclica Deus caritas est: “O eros degradado a puro “sexo” torna-se mercadoria, torna-se simplesmente uma “coisa” que se pode comprar e vender; antes, o próprio homem torna-se mercadoria… Na verdade, encontramo-nos diante duma degradação do corpo humano”.


Graças a Deus não poucas pessoas, especialmente no meio dos jovens, continuam a descobrir o valor da castidade, que se manifesta cada vez mais como uma garantia segura do amor genuíno. O momento histórico que estamos a viver exige que as famílias cristãs dêem com corajosa coerência o testemunho de que a procriação é fruto do amor. Este testemunho não deixará de estimular os políticos e os legisladores a salvaguardarem os direitos da família. Com efeito, sabe-se que se estão a acreditar soluções jurídicas para as chamadas “uniões de facto” que, embora rejeitem as obrigações do matrimônio, pretendem gozar de direitos equivalentes. Além disso, às vezes deseja-se mesmo chegar a uma nova definição do matrimônio para legalizar uniões homossexuais, atribuindo-lhes também o direito à adoção de filhos.


Vastas áreas do mundo estão a padecer o chamado “inverno demográfico”, com o consequente progressivo envelhecimento da população; por vezes parece que as famílias são ameaçadas pelo medo da vida, da paternidade e da maternidade. É necessário dar-lhes nova confiança, para que possam continuar a cumprir a sua nobre missão de procriar no amor."


(Discurso do Santo Padre, Papa Bento XVI, aos participantes na Assembléia Plenária do Pontifício Conselho da Família, em 13/05/2006).
Fonte: Vaticano

Pais têm missão de testemunhar para os filhos o que é fundamental

Arcebispo abriu Semana Nacional da Família, no Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 9 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – Nesse sábado, dia 7, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu à missa de abertura da Semana Nacional da Família, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Realengo.
Ao refletir sobre a importância da família para a sociedade, na homilia, Dom Orani, remetendo-se à leitura evangélica, destacou a importância de cada um ser vigilante e estar preparado, vivendo o que é o certo hoje, sem esperar para realizá-lo somente no amanhã; informa o portal da arquidiocese do Rio.

O arcebispo enfatizou que, embora o mundo atual vá esquecendo a importância da família, ela é quem promove e forma os valores cristãos nas pessoas. Para Dom Orani, os pais têm a bela missão de testemunhar o que é o fundamental para os filhos.

“O que é o grande tesouro da nossa vida? Onde colocamos o centro da nossa existência? (...) Precisamos ter como essência este tesouro que é estar com o Senhor, para testemunhar que é possível viver conforme os planos de Deus e ser feliz”, disse.

Dom Orani, diante da Imagem da Sagrada Família, no altar, lembrou a importância de tê-la como exemplo. Ele desejou que os casais possam encontrar-se em Deus para ser sinal para os filhos e para os outros.

“Quando buscamos o Senhor e vivemos sua Palavra, as coisas vão se transformando”. “O Senhor quer vida nova para todos nós. Reconciliação do casal, orientação dos filhos e vida cristã todos são convidados a viver”, disse.

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sábado, 7 de agosto de 2010

PAI, PRECISAMOS DE TI


"A presença do pai em casa é indispensável. Não basta fazer exigências aos nossos pais, precisamos ajudá-los na sua missão. Aos pais, nossa gratidão, admiração, compreensão, perdão e oração. Ser pai não é apenas ter capacidade de reprodução, mas capacidade de amizade, de comunicação, de relacionamento humano. O pai é um herói, um ponto de referência, um esteio, um indicador de rotas e rumos.

Os pais representam, em casa e na sociedade, o rosto de Deus-Pai. Assim, os pais são con-criadores de Deus, têm iniciativas, responsabilidades e, principalmente, conferem identidade e segurança aos filhos e à família. Não é fácil ser pai, mas é empolgante. Sem o pai, somo inseguros, indefinidos, tímidos, indecisos, confusos. Pai, nós precisamos de ti.

O que mais os filhos esperam do pai é que ele ame, respeite e cuide da mãe. Quando o marido ama a esposa, os filhos se sentem bem. Daí a necessidade da presença, do colo e dos joelhos do pai. Pai carinhoso, filho maravilhoso. Pai religioso, filho realizado. Pai presente, filho obediente e feliz. Pai ausente, filho carente. Pai fraco, filho efeminado. Pai profissional, filho consumista.

Os pais deixaram de ser autoritários e passaram a ser permissivos. O certo é ser pai participativo, pai amigo, pai carinhoso e seguro. O pai precisa ensinar valores e limites, para que os filhos não sejam prepotentes e depois delinqüentes. Nossos filhos precisam também de afeto, de religião e de disciplina. O amor é exigente. O pai não pode ser escravo do trabalho, do dinheiro, da empresa. Terá sucesso econômico e fracasso familiar. Assim, não vale a pena tanto esforço, tanto desgaste e sofrimento.

É bonito e saudável os pais e filhos participarem da missa dominical ou do culto de sua religião. Religião não é só para as mães, as avós e as crianças. Como é saudável o pai rezar pelos filhos desde a concepção e depois rezar com eles em família.

Dizem os psicólogos que excesso de liberdade, excesso de dinheiro, excesso de tudo prejudica e estraga os filhos. Nada de super proteção. O pai não vai perder o amor dos filhos ao transmitir-lhe firmeza, orientação e disciplina. Dar às crianças tudo o que pedem não é um ato de amor. Nossos filhos precisam ouvir várias vezes “não”, duma vez que este “não” seja portador do bem, da verdade, do amor. Ouvir este “não”, não frustra as crianças.

O pai ensina muito pelo exemplo e convence pela alegria de ser pai. A criança aprende imitando. Os pais são seus deuses até certa idade. A família é a primeira escola. Os filhos esperam que os pais coloquem em prática o que dizem, sejam coerentes, não mintam. Ainda mais, desejam que os pais não briguem na frente deles e que saibam fazer as pazes, perdoar e compreender e saibam também dar afeto para todos em casa, sem excluir ninguém. Um pai forte e amigo, ao lado de uma mãe equilibrada, formará uma família sadia.

Os pais também precisam de carinho, apreço e reconhecimento dos filhos. O jeito, o comportamento, as atitudes dos filhos afetam os pais. Hoje, os filhos ajudam os pais e estes aprendem com os filhos. Um pai fascinante terá filhos seguros, saudáveis que desejam ser parecidos com o pai e querem ser dignos desse pai. Tais filhos podem dizer: eu e o pai somos um."

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina

Presidente da Comissão Episcopal da CNBB "Vida e familia"

Ação de Graças pelo Dia dos Pais


"A alegria amorosa com que os nossos pais nos acolheram e acompanharam nos primeiros passos neste mundo é como um sinal e prolongamento sacramental do amor benevolente de Deus, do qual procedemos.


A experiência de sermos acolhidos e amados por Deus e pelos nossos pais é a base sólida que favorece sempre o crescimento e desenvolvimento autênticos do homem, que tanto nos ajuda a amadurecer no caminho para a verdade e para o amor, e a sairmos de nós mesmos para entrarmos na comunhão com o próximo e com Deus."


(Sua Santidade, Papa Bento XVI, HOMILIA DO SANTO PADRE NA CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA POR OCASIÃO DO ENCERRAMENTO DO V ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS, Valência, Espanha, Domingo, 9 de Julho de 2006).

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Brasil: Igreja celebra semana da família

BRASÍLIA, sexta-feira, 6 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – A Igreja no Brasil celebra a partir deste domingo, dia 8, a Semana Nacional da Família.

A edição deste ano, a 14ª realizada, repete o tema do 6º Encontro Mundial das Famílias (México, janeiro de 2009): “Família, formadora de valores humanos e cristãos”.

“Nessa semana, as comunidades eclesiais, escolas, clubes, associações, animadas pela Pastoral Familiar, têm um espaço para preparar e organizar programações diversas, revigorando a integração familiar e ressaltando as virtudes e valores da família”, afirmou no site da CNBB o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, Dom Orlando Brandes.

Segundo o bispo, a Igreja quer cada vez mais criar a tradição da Semana Nacional da Família nas dioceses e nas paróquias de todo o Brasil. “Fazer com que as famílias possam refletir sobre os temas, não somente na Semana Nacional, mas todos os dias”, disse.

Durante a semana, as paróquias trabalharão o tema de acordo com o livro “A Hora da Família 2010”, elaborado pela Comissão. O livro traz roteiros para celebrações nos lares, nos grupos e escolas.

Na internet: http://www.cnbb.org.br

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Os quatro Pilares da Família




"Uma casa se apóia em quatro pilares, uma mesa em quatro pés, a natureza em quatro estações, o mundo em quatro direções, uma sala em quatro lados. Quais são os quatro pilares da família?

1-Comunidade de pessoas. O que faz a família ser uma comunidade, um lar é a convivência, o relacionamento, a comunicação das pessoas. Cada membro da família precisa estar de bem consigo mesmo, com os outros familiares, com a comunidade e com Deus. Família é reciprocidade e complementariedade entre as pessoas, é uma comunidade de vida e de amor onde se experimenta a conjugalidade, a filiação, a fraternidade, a sociabilidade.

Por ser comunidade de pessoas é necessário o diálogo, o perdão, a oração e a ternura entre seus componentes. A família é o lugar primário de humanização da pessoa, é a primeira sociedade natural, lugar de relações interpessoais entre o eu - tu formando o “nós”, isto é, a comunidade de pessoas.

2-Santuário da vida. A família, fundamentada no consenso e no amor entre um homem e uma mulher pelo sacramento do matrimonio, é o berço e o ninho da vida. Nela a vida é transmitida, gerada, nascida, acolhida, cuidada, desenvolvida. Por isso, a família é “patrimônio na humanidade”. Os pais são colaboradores de Deus e benfeitores da sociedade. Como santuário de vida a família rejeita o aborto, a eutanásia e o egoísmo na transmissão da vida. Ela é um tesouro dos povos porque é um “capital humano” a serviço da vida. Nela a pessoa recebe identidade, dignidade e personalidade.

Enquanto santuário de vida, a família protege a “ecologia humana” possibilitando a transmissão da vida e garantindo a sobrevivência humana. A consangüinidade, o parentesco, a familiaridade são valores que garantem a dignidade da pessoa e lhe conferem serenidade. A vida é o bem primário e fundamental que fundamenta todas as outras instituições e direitos. O direito à vida é inviolável. A vida, porém, é frágil. Precisa do amparo da família, dos cuidados básicos, do afeto, da presença e da fé dos pais e irmãos. Na família acontece o “evangelho da vida”. Pais, filhos, irmãos “são ministros da vida”, da dignidade, inviolabilidade e sacralidade da vida.

3-Célula da sociedade. A família educa os cidadãos, ensina as virtudes sociais, promove a aprendizagem das responsabilidades sociais e da solidariedade. Ela está no centro da vida social. É titular de direitos próprios e originários. É o lugar primário das relações interpessoais, é célula vital da sociedade.

A família é a primeira instituição social, é uma comunidade natural para o bem da sociedade, aliás, é a primeira sociedade humana. Sem a família as estruturas, as instituições e os povos se debilitam. Todo sistema social que pretende servir ao bem da sociedade não pode prescindir da família.

Ela tem prioridade em relação à sociedade e ao Estado, porque é a condição da existência da pessoa e da sociedade. Ela precede em importância e valor às funções que a sociedade e o Estado devem cumprir. Ela encontra sua legitimação na natureza humana e não no reconhecimento do Estado. A sociedade e o Estado estão para a família. Ela é célula da sociedade que tem direito a políticas familiares como: emprego, habilitações, saúde, escola, etc.

5-Igreja domestica. O sacramento do matrimonio faz dos pais os sacerdotes da família, os primeiros catequistas, os educadores da fé pelo exemplo e pelo ensino. A família é uma instituição divina e lugar de salvação e de santificação. É necessário uma autêntica e profunda espiritualidade conjugal e familiar que se expressa na oração, na vivência da fé, no engajamento eclesial. Os pais têm o direito e o dever de transmitir a fé a seus filhos. Eles são mestres, catequistas e primeiros ministros de seus filhos.

Jesus cresceu em idade, sabedoria e graça na família de Nazaré. Deus no mais íntimo de seu mistério não é solidão, mas uma família. O matrimônio é sinal e instrumento do amor de Deus pela humanidade e a família é imagem da Trindade, uma aliança de pessoas, uma igreja doméstica."

Dom Orlando Brades – Arcebispo de Londrina
Para o Jornal Folha de Londrina – 08 / 08 / 2009

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Aborto: um debate cada vez mais sério

Tema que atravessa os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra

Pe. John Flynn, L.C.

ROMA, domingo, 1º de agosto de 2010 (ZENIT.org) – Nestes dias, o aborto ocupa muitas manchetes. A candidata ao Tribunal Supremo dos Estados Unidos recebeu críticas pelo seu apoio ao aborto durante as audiências diante do senado para sua confirmação, sobretudo pelo seu papel como membro da administração de Clinton, que se opôs às leis que proibiam o aborto de gestações muito avançadas.

Por outro lado, os efeitos da lei de assistência médica aprovada pelo Congresso continuam causando enfrentamentos. National Right to Life lançou o sinal de alarme sobre os abortos que estavam sendo financiados sob os planos estatais de seguro médico que se financiam com fundos federais. O plano do Novo México acrescentava à lista o aborto como uma das suas coberturas, até que uma investigação de Associated Press fez que se eliminasse, segundo informou a agência de notícias no dia 14 de junho. A reportagem explicava que a lei federal proíbe que se pague o aborto com dinheiro do governo, exceto em casos de incesto ou para salvar a vida da mãe.

O amargo debate no Congresso sobre a lei de assistência médica do ano passado só terminou quando os democratas obtiveram suficientes votos para aprovar a lei, depois de que o presidente Barack Obama assinou uma ordem executiva impondo recortes ao financiamento federal de abortos.

Em consequência, o Departamento de Saúde e Serviços Sociais publicou uma declaração na qual se excluía o aborto de tais programas. O cardeal Daniel DiNardo, de Galveston-Houston, presidente do Comitê das Atividades Pró-Vida da Conferência Episcopal Americana, acolheu com satisfação a declaração, que evitava um “alarmante precedente” e pedia uma lei permanente que excluísse o aborto de todos os programas, segundo expressava em uma nota de imprensa, de 29 de junho, da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.

A estas notícias seguiram os protestos sobre os planos da administração Obama de permitir abortos em hospitais militares. O cardeal Daniel Dinardo escrevia ao comitê do senado considerando esta mudança, incentivando-os a rejeitar a proposta. Esta medida acabaria com a longa política federal e militar de não-promoção do aborto por parte do governo, segundo afirmou em uma declaração publicada no dia 29 de junho pela conferência episcopal.

O cardeal DiNardo afirmou que a atual política militar está em harmonia com a política federal: “Tampouco podem ser usadas outras instalações sanitárias federais para abortos seletivos, e muitos Estados têm suas próprias leis contra o uso de instalações públicas para tais abortos”.

Restrições clínicas

O enfrentamento sobre o aborto não é menos intenso no âmbito estatal nos Estados Unidos. Em Missúri, o governador Jay Nixon permitiu que uma proposta – que exige às clínicas abortivas que ofereçam imagens de ultrassonografias e do coração batendo dos fetos – se convertesse em lei, informou em 14 de julho Associated Press.

A lei de Missúri já ordena que se fale a uma mulher sobre os riscos físicos e psicológicos do aborto pelo menos 24 horas antes de submeter-se ao procedimento. Estas medidas adicionais aprovadas exigirão uma consulta pessoal ao invés de telefônica, e que as mulheres recebam uma descrição “das características anatômicas e psicológicas da criança não-nascida”, junto com o oferecimento de uma ultrassonografia.

Em 2008, segundo fontes citadas por Associated Press, foram praticados 7.400 abortos em Missúri.

O Nebrasca é outro Estado no qual entraram em vigor novas leis sobre o aborto, segundo informou em 13 de julho o jornal Washington Times. Em vigor desde 15 de julho, a Lei de Proteção da Saúde das Mulheres exige que as mulheres que solicitem o aborto sejam submetidas a um exame de temas de saúde mental e também lhes é perguntado se estão sendo pressionadas para que abortem. Além disso, a lei dá direito às mulheres de levar aos tribunais os que praticaram os abortos, caso desenvolvam problemas mentais ou psicológicos como resultado do procedimento.

Uma segunda lei proíbe o aborto após a 20ª semana de gestação, exceto para salvar a vida da mãe.

No último minuto, a lei foi bloqueada por um juiz federal, segundo informou em 14 de julho Associated Press. O juiz de distrito Laurie Smith Camp concedeu a Planned Parenthood uma proibição preliminar sobre a base de que a lei torna impossível o aborto no Estado.

Esta legislação no âmbito estatal é cada vez mais comum, comentou uma reportagem do New York Times em 3 de junho. Somente neste ano, pelo menos 11 Estados aprovaram leis que regulam o aborto. O artigo citava estatísticas da cena legislativa de uma organização pró-aborto, o Guttmacher Institute. Na primeira metade de 2010, foram submetidas a votação cerca de 370 leis estatais que regulam o aborto – um número a ser comparado com as 350 de cada um dos 5 anos anteriores. Neste ano, pelo menos 24 dessas leis foram aprovadas.

“Cerca de 90% da legislação pró-vida está nos Estados”, declarou ao New York Times Daniel S. McConchie, vice-presidente para assuntos governamentais de Americans United for Life.

O caso do Canadá

Um pouco mais ao Norte, no Canadá, o aborto também aparece nas manchetes. No começo deste ano, o debate se centrou sobre se o governo deveria financiar o aborto com as ajudas aos países em desenvolvimento. As autoridades federais optaram por não financiar os abortos. Enquanto o assunto era debatido, Margaret Somerville, diretora do Centro de Medicina, Ética e Direito da Universidade McGill, escreveu um artigo de opinião para o jornal Ottawa Citizen no dia 30 de abril. No texto, ela dizia que o aborto não deveria ser financiado baseando-se em uma decisão ética que valorizasse a vida humana.

Indicava, além disso, que inclusive o assim chamado “aborto seguro” implica em riscos para as mulheres.

Pouco depois, o arcebispo de Québec, cardeal Marc Ouellet, reabriu o tema do aborto pedindo que se voltasse a examinar a legislação, segundo informou a CBS no dia 26 de maio. O cardeal Ouellet, nomeado pouco depois pelo Papa como prefeito da Congregação de Bispos, condenava o aborto como um crime moral.

Suas declarações receberam duras críticas, mas afirmou que não julgava as mulheres individuais, ao mesmo tempo em que pedia ao governo que ajudasse a reduzir o número de abortos.

“O debate sobre o aborto está aberto – afirmava. E não devemos ter medo”, observou a reportagem da CBS.

Do outro lado do Atlântico, na Espanha, entrou em vigor uma nova lei que permite o aborto sem restrições durante as 14 primeiras semanas de gravidez, segundo informou em 5 de julho Associated Press. A lei foi aprovada pelo congresso espanhol, controlado pelo Partido Socialista, no começo de 2010. Também permite que adolescentes de 16 e 17 anos abortem sem a autorização dos seus pais, ainda que devem informá-los sobre o fato.

A oposição do Partido Popular levou a nova lei do aborto à mais alta instância judicial do país, o Tribunal Constitucional, mas no dia 14 de julho este determinou que não se suspenderia a nova lei enquanto decide a apelação contra ele, segundo informou em 15 de julho Associated Press.

Debate sobre a dor do feto na Inglaterra

O aborto também esteve em primeiro plano na Inglaterra, onde um informe sustentava que um feto humano não pode sentir dor antes da 24ª semana, segundo informou o jornal Times em 25 de junho.

O estudo, do Royal College of Obstetricians and Gynecologists, foi interpretado como um reverso aos esforços das organizações pró-vida para reduzir o limite temporal para abortar. Estas tentaram mudar as leis, reduzindo de 24 para 20 semanas o limite em que podem ser realizados os abortos.

Christian Odone, comentando a notícia no jornal Telegraph de 25 de junho, disse que “a mensagem implícita é que a dor deveria ser nosso critério de moralidade”. Mas aceitar essa ideia significaria uma mudança radical em nosso sistema ético – sustentou. Em uma situação assim, o bem e o mal se tornariam conceitos meramente relativos baseados em uma escala de dor.

“O comportamento que não produz dor, como seguir adiante com assuntos ilícitos, não seria aceitável, como dar uma injeção fatal a um paciente em coma ou senil: nem a traição secreta nem a morte prematura importam, se ninguém sente for”, comentou. Esta é uma observação muito válida que chama a atenção sobre a importância fundamental da defesa da vida humana.

Quando se abandona o mais importante, as consequências são imensas.