"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

domingo, 4 de março de 2012

Cardeal-patriarca de Portugal desafia famílias católicas





Lisboa, fev 2012 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa desafiou hoje as famílias católicas a assumirem a sua missão particular de “fidelidade” e “santidade”, frisando que “a Igreja está cansada” de casamentos que se tornam “obstáculo ao caminho cristão”.


D. José Policarpo falava no vídeo de apresentação da sua segunda catequese quaresmal, marcada para domingo, disponível na página do Patriarcado na Internet.
“O matrimónio cristão não é apenas a inclinação natural, como os passarinhos na primavera se encantam uns pelos outros, mas é uma vocação cristã, um caminho para a realização da fidelidade cristã, um caminho para a santidade”, afirma.


Essa vocação, acrescenta, implica um “chamamento”, pelo que, segundo o cardeal-patriarca, os noivos devem fazer um discernimento: “Estão apenas a responder ao amor natural ou como cristãos, sentem que o Senhor os chama?”.


O casamento, acrescenta, é um caminho de “evangelização, de construção de comunidade”, e, como sacramento da Igreja Católica, une a “dimensão sobrenatural do cristianismo” aos “dons próprios com que o homem foi criado por Deus”.


“É na comunhão do homem e da mulher que se toca esse grande mistério de o homem ser imagem de Deus”, diz D. José Policarpo.


Nesse sentido, o patriarca de Lisboa sublinha a “exigência” que está implícita na escolha do matrimónio, numa “longa vida de comunhão”.
Este responsável destaca, por outro lado, que o “símbolo específico” deste sacramento é o “amor dos esposos, em todas as suas expressões”.


“É difícil encontrar um sacramento que exija mais, a cada momento, a atitude de dom, de ir ao encontro do outro”, observa.


D. José Policarpo convoca “todas as famílias”, em particular os noivos e namorados: “Tu que estás a começar a namorar, que estás a preparar-te para casar, sentes que isso é um caminho de santidade?”, pergunta.
Fonte: «Voz da Verdade» Sé de Lisboa