"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

FAMÍLIA - VIVE E TRANSMITE A FÉ

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Pe. Fábrício Andrade - Comunidade Canção Nova

A educação dos filhos não é algo secundário dentre as responsabilidades de um casal. Essa educação não começa quando a criança vai para a escola, mas é iniciada a partir da convivência entre os familiares, espaço privilegiado para o aprendizado dos valores e da fé cristã. A vida em família é uma escola contínua em que as maiores lições são aprendidas com os exemplos que os pais oferecem para as crianças. As atitudes falam mais alto que as palavras, e os modelos de comportamento são mais atraentes do que os longos discursos.

Recai sobre os pais a responsabilidade de iniciar os filhos na fé cristã. “A Família e chamada a introduzir os filhos no caminho da iniciação cristã. A Família, pequena Igreja, deve ser junto com a Paróquia, o primeiro lugar para a iniciação cristã das crianças. Ela oferece aos filhos um sentido cristão de existência e os acompanha na elaboração de seu projeto de vida, como discípulos missionários”. (Doc. De Aparecida nº 302)

Já temos como mas na realidade, uma geração de pais desconhecedores Da fé cristã, que construíram suas vidas longe dos ensinamentos da Igreja e hoje não podem com suas vidas ensinar à seus filhos o caminho da fé. É precisamente para esses adultos que nossa ação evangelizadora deve se voltar. Uma geração de adultos que precisa ser catequizada novamente ou pela primeira vez, para depois realizar com eficácia a missão de educadores da fé de seus filhos.

Os filhos aprendem com o exemplo dos pais. Por isso a necessidade de uma retomada, de uma reciclagem na fé dos adultos. Muitos país de hoje, permaneceram com noções infantis de sua fé, sabem algumas historinhas, mas não conhecem a Igreja e a própria fé cristã. Isso os impossibilita de cumprirem o papel de educadores da fé de seus filhos. O Papa João Paulo II disse que o ato de educar é o prolongamento do ato de gerar. Os pais continuam a comunicar vida a seus filhos quando exercem seu papel de educadores. Abrir mão dessa responsabilidade ou transferi-la a terceiros é renunciar a continuidade da graça de gerar filhos para Deus, a família se torna como um berço, em que se originam as primeiras experiências de fé, desde uma oração ao anjo da guarda, a reza do santo terço, a leitura da Bíblia... O ambiente família prepara a pessoa para a abertura e confiança num Deus que se revela como Pai de todos e estabelece conosco laços de família. Investir num processo de evangelização dos pais é garantir a saúde da experiência religiosa das crianças no futuro.

A família está no centro do interesse da evangelização, forma sábia e previdente de atingir a todos, dos mais velhos aos mais novos. Que o zelo familiar cresça em proporção à evangelização dos nossos adultos, cada vez mais abertos ao Evangelho e sedentos de um encontro pessoal com Jesus. Que o modelo dos adultos do presépio – Maria e José – inspire os pais de hoje na construção de “Novas sagradas Famílias”.
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Fonte: Revista Canção Nova - Ano VIII nº 108
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