SÃO PAULO, terça-feira, 7 de junho de 2011 (ZENIT.org) - O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, participou em Roma, na semana passada, da Plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.
Dom Odilo é membro desse organismo criado por Bento XVI em junho de 2010 para promover a reevangelização de ambientes e países marcados fortemente pela secularização.
O cardeal falou à imprensa na sexta-feira passada, na Cúria Metropolitana da arquidiocese de São Paulo.
Segundo Dom Odilo, é evidente a preocupação de se anunciar o Evangelho de maneira renovada em toda a Igreja, especialmente nos lugares de antiga tradição cristã, onde há uma situação mais significativa de crise da transmissão da fé e da própria fé.
Segundo informa o portal da arquidiocese de São Paulo, o cardeal Scherer colocou entre os lugares que mais sofrem essa crise na evangelização os países do Oriente Médio.
São locais muitas vezes sufocados pelos regimes islâmicos, e situações de tensões políticas. Ele citou também os povos da chamada Ásia Menor, atual Turquia, onde os cristãos sofrem perseguição.
De acordo com Dom Odilo, no Sínodo dos Bispos sobre o Oriente Médio, realizado em outubro passado, foram levantadas muitas questões relacionadas à “sobrevivência do cristianismo no Oriente Médio”.
Além desse ponto, o cardeal destacou que há uma grande preocupação do Papa e da Igreja com a profunda crise de fé na Europa, não só em relação ao cristianismo, mas em relação à rejeição de qualquer manifestação religiosa e ao próprio Deus.
“É preciso criar uma nova consciência missionária”, disse Dom Odilo, ao afirmar que a Europa, responsável pela evangelização de boa parte do mundo, sobretudo na América Latina, precisa evangelizar o seu próprio povo.
“É preciso desenvolver uma nova forma de vivência da fé. Os povos a serem evangelizados estão dentro de casa”, disse.
Nesse sentido, o cardeal Scherer explicou que a Igreja tem muitas esperanças em relação ao Sínodo dos Bispos de 2012, cujo tema será “Nova evangelização e transmissão da fé”.
“A Igreja conta com a contribuição dos bispos do mundo inteiro para a reflexão deste tema”. “Espera-se em todos os católicos uma nova consciência de que o Evangelho não é um bem que deve ficar apenas conosco, mas é um bem para o mundo”.
Por isso, é preciso “retomar sempre de novo o mandato de Jesus: ‘Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura’”, disse.
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