"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Filhos, uma bênção de Deus


Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja?
"A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais" (Catecismo da Igreja Católica - CIC § 2373).
Certa vez o Papa Paulo VI disse a um grupo de casais:
"A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida". Isto é, doando a vida o casal humano se torna semelhante a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face da terra? Alguém disse certa vez, com muita razão, que "a primeira vitória de um homem foi ter nascido".
Nada é tão grande e valioso neste mundo como o homem. Ensina a Igreja que "ele é a única criatura que Deus quis por si mesma" (GS, 24). Por isso o Catecismo da Igreja afirma que:
"Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais" (CIC § 2378).
Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? Ou será que "escapamos pela tangente", dando a "nossa" desculpa? Lamentavelmente se estabeleceu entre nós, também católicos, uma cultura "antinatalista". Por incrível que pareça "as preocupações da vida" (cf. Lc 12,22; Mt 6,19) sufocaram o valor imenso da vida humana, levando as gerações à triste mentalidade de "quanto menos filhos melhor". À luz do Cristianismo, essa é uma triste mentalidade, pois a Igreja sempre ensinou o valor incomensurável da vida.
"A tarefa fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, através da história, a bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de homem a homem. Fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca dos esposos" (Familiaris Consortio, 28).
A situação social e cultural dos nossos tempos dificulta a compreensão dessa verdade. Nasceu, assim, uma mentalidade contra a vida ("anti-life mentality"), como emerge de muitas questões atuais: pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos dos ecólogos e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o perigo do incremento demográfico para a qualidade da vida...
"Mas a Igreja crê firmemente que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida" (Familiaris Consórtio, 30).
Muitos têm medo de não educar bem os filhos. Pois eu lhes digo que, com Deus, é possível educá-los; basta que o casal se ame, crie um lar saudável e viva para os filhos com todas as suas forças e com toda dedicação. O resto, Deus e eles farão. Faça do seu filho um Homem… isto basta.
Há hoje uma mentira muito difundida - infelizmente aceita também por muitos católicos - afirmando que a limitação da natalidade é o remédio necessário e "indispensável" para sanar todos os males da humanidade. Não há civilização que possa se sustentar sobre uma falsa ética que destrói o ser humano ou que impede o "seu existir". É ilógico, desumano e contra a Lei de Deus, que, para salvar a humanidade seja necessário sacrificá-la em parte.
Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera de maneira mais extraordinária com Deus na obra da criação. Vitor Hugo disse, certa vez, que "um lar sem filhos é como uma colmeia sem abelhas"; acaba ficando sem a doçura do mel.

Autor: Prof. Felipe Aquino

Fonte: cancaonova.com / http://www.obrademaria.com.br/

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