"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

domingo, 13 de setembro de 2009

Movimentos: apoio para vocação matrimonial

Dentro do seminário internacional “Família, sujeito de evangelização”

Por Carmen Elena Villa
ROMA, sexta-feira, 11 de setembro de 2009 (ZENIT.org).
- O matrimônio é uma vocação a viver o amor e a doação, a ser Igreja doméstica e a anunciar o Evangelho. Assim o entendem os casais que descobrem seu chamado ao apostolado dentro de diferentes movimentos eclesiais.Uma mulher da comunidade católica Shalom, assim como dois casais pertencentes ao Movimento Familiar Cristão e ao Encontro Matrimonial compartilharam, nesta sexta-feira, suas experiências no seminário internacional "Família, sujeito de evangelização".
O evento acadêmico foi organizado em Roma pelo Conselho Pontifício para a Família e clausurado nesta sexta-feira pelo presidente deste dicastério, o cardeal Ennio Antonelli.
Shalom, novas famílias para um novo mundo"Não haverá um novo mundo sem novas famílias", assegurou Maria Emmir Oquendo Nogueira, proveniente do Brasil e pertencente à comunidade católica Shalom.Oquendo Nogueira indicou que, nesta associação, fundada no Brasil há 27 anos por Moisés de Azevedo Filho, os jovens que se sentem chamados à vida matrimonial encontram um espaço para que a etapa do namoro seja ocasião de conhecimento mútuo e discernimento."O matrimônio não somente é algo que acontece em um momento da nossa vida, é um chamado específico a servir Deus através do seu Reino. É um compromisso ativo para o anúncio de Jesus Cristo", afirmou durante sua exposição.
Acrescentou também que, na comunidade Shalom, as famílias participam ativamente de algumas atividades de apostolado, entre elas, os seminários do Espírito Santo, grupos para a evangelização, campos de verão para crianças, evangelização porta a porta, em colaboração com a paróquia."A evangelização na comunidade Shalom continua durante as 24 horas do dia - assegurou Maria Emmir. Queremos chegar àqueles que não vão à Igreja, aos que não conhecem o Evangelho", comentou."A família não está chamada a centrar-se exclusivamente em si mesma, mas, ao contrário, deve se dedicar àqueles que precisam conhecer, amar e servir Jesus Cristo, sua Igreja e a humanidade", concluiu.
Movimento Familiar Cristão: ver, julgar, agir
Também intervieram os esposos americanos John e Lory Brzysz, do Movimento Familiar Cristão, fundado em Chicago em 1949.
Eles utilizam o método "ver, julgar e agir" à luz dos ensinamentos da Igreja e, assim, os membros deste movimento promovem a vida matrimonial e familiar centrada em Cristo.
Este casal tem 6 filhos - a mais nova é religiosa - e 13 netos. Asseguraram que "os pais têm um papel catequético em meio a uma sociedade que vive um secularismo invasivo".
Compartilharam também, em sua intervenção, que os representantes do seu apostolado se encontram no diálogo com outras associações da Igreja.Dessa forma, "as famílias encontram companheiros de viagem" em sua missão apostólica", concluíram os esposos.
O casamento como ocasião de encontro
Os últimos em intervir na manhã desta sexta-feira foram os esposos franceses Françoise e Bernard Prouvé, pertencentes ao movimento Encontro Matrimonial, nascido nos anos 60 com o espírito do Concílio Vaticano II.
Este movimento oferece aos casais um "fim de semana" especial, para que afiancem sua decisão de amar-se, baseados no diálogo e na comunicação.
Depois deste primeiro retiro, os casais que quiserem, podem receber periodicamente acompanhamento espiritual.
O casal Prouvé pertence a este movimento há 32 anos e trabalha na direção de retiros, dos quais participam dezenas de casais.
Segundo Bernard, eles receberam um grande apoio e conselho espiritual em momentos decisivos da vida matrimonial, como "os momentos de crise de adolescência dos nossos filhos, a morte do nosso quarto filho, a aposentadoria"."Trata-se de um presente extraordinário que nutre nosso sacramento do matrimônio e o anima com a confirmação e os desafios que recebemos", conclui Françoise.

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