"Poderíamos aqui meditar sobre como seria saudável também para a nossa sociedade atual se num dia as famílias permanecessem juntas, tornassem o lar como casa e como realização da comunhão no repouso de Deus" (Papa Bento XVI, Citação do livro Jesus de Nazaré, Trad. José Jacinto Ferreira de Farias, SCJ, São Paulo: Ed. Planeta, 2007, p. 106)

domingo, 30 de maio de 2010

O coração é o nosso orgão mais vital

"Olá família amada!!! Que a paz e a graça de nosso SenhorJesus Cristo esteja com cada um de vocês!

Estou aqui "inspiradíssimo". Acabei de assistir uma pregação do Pe Léo: "Matrimônio e o regime de pecado". Preciso nem dizer que é fantástica não é? E hoje vou tentar ser ousado, vou pegar o gancho do Pe Léo aqui, e tentar falar hoje para os casais. Para os casados e para os que estão namorando ou noivos.

Pe Léo em vários momentos dessa pregação falou que quando algum câncer afeta algum de nossos órgãos, nós amputamos esses órgãos e conseguimos a cura. Por exemplo: se o câncer está no dedo, cortamos o dedo e nos curamos. Se está numa perna, amputamos parte da perna e nos curamos.

Mas, se o câncer afeta um "órgão vital", aí a cura se torna muito mais difícil e por vezes não a alcançamos. E ele ressalta que os órgãos vitais de um casal, casados na Igreja, são os órgãos genitais, pois é através deles em que eles reproduzem Deus.

Ele ainda diz que nós seres humanos somos diferentes dos animais, pois eles reproduzem suas espécies, e nós não. Nós reproduzimos Deus! Tomando com base essas sábias e ungidas palavras. Eu fiquei a pensar, e tenho a ousadia de afirmar que o coração de cada parceiro do casal é tão vital como os genitais, senão for mais vital ainda.

O nosso coração é o órgão mais vital. Qualquer enfermidade sobre ele, nos leva a perecer. Pe Léo nos diz que um casal tem a escolha de reproduzir Deus ou o encardido. Sempre será um ou outro, não existe neutralidade aqui.

E ainda diz que muitas vezes o casal não consegue comunhão, não é por causa de incompatibilidade de gênios ou qualquer outra coisa, mas sim por causa do "pecado". Mas ressalta que "Jesus tirou O pecado do mundo", "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

Vamos aprofundar isso. Somos seres muito limitados. Mas Deus colocou um potencial de amor infinito em nossos corações. E porque de fato não conseguimos amar com toda a plenitude? Porque simplesmente ao longo de nossas vidas nós carregamos nossos pecados, carregamos um coração ferido e machucado.

É a pura verdade, o nosso coração ferido nos faz perder a liberdade. A liberdade em amar, em ser sincero, em não ter medo de sermos nós mesmos, passamos a viver mascarados. Como ele "é um sacrário inviolável", o encardido aos poucos vai criando uma casca ao redor dele, o Pe Léo trabalha isso muito bem na pregação, "Quebre a casca do seu coração".

Com o coração retrancado dentro de uma casca, perdemos a espontaneidade. Por isso muitos casais hoje não conseguem vivenciar a plenitude do sacramento do Matrimônio. Que já inicia no namoro como os joguinhos de se fazer difícil, de não dar o carinho e amor que lá no fundo de fato nós queríamos dar e não damos muitas vezes para mostrar que nós somos mais fortes, superiores.

Erro fatal, o maior poder que nós temos é o de amar. É o de ser livre. Vemos hoje muitas mulheres pegando no pé dos maridos por causa do futebol de fim de semana. Muito homens impedindo as mulheres de reverem suas amigas e até mesmo a família. Esse jogos massacram o coração do outro, é uma ofensa lenta e gradativa.

Aos poucos o deixamos de reproduzir o céu para o outro. Passamos a reproduzir o inferno. Com isso o casal perde um dos maiores dons que Deus lhes deu: Se unir numa só carne! Tudo se altera a partir daí. Até o sexo santo e puro, deixa toda sua pureza e passa a ser um sexo encardido, um sexo pornógrafico. O corpo que é um sacrário, passa a ser apenas um objeto de prazer.

Portanto, essa reflexão é muito importante. Precisamos diagnosticar quais são as áreas de nossas vidas que estão "doentes" ou melhor "enfermas". Muitos casais estão "enfermos" e não sabem, até se respeitam, se tratam bem, mas lá no fundo do seus corações, há mágoas, ressentimentos não trabalhados, não dialogados com sinceridade, e o triste é que eles nem sabem que estão ressentidos.

O casal precisa trabalhar o diálogo sincero, franco, não para machucar e jogar na cara do outro: Você me machucou, você me feriu! Mas precisa aprender a dialogar, para trabalhar as mágoas, os ressentimentos, juntos fazerem uma reciclagem do lixo emocional, sentimental e transformarem tudo isso em oração.

O casal que não reza junto, que não reza um pelo outro, que não reza um com o outro, não é um casal. Precisam e devem rezar pela cura do coração um do outro, precisam aprender a rezar pela cura dos traumas do outro, traumas da infância, de quem muitas vezes foi rejeitado pelos pais, pelos amigos, rejeitado muitos vezes até na gestação, ou foi gerado por acidente, gerado de forma errada encardida.

Precisam rezar pelo perdão mútuo, aprenderem a pedir perdão um ao outro, pedir perdão não é pedir desculpa, é abrir o coração de forma sincera, desejar o perdão, desejar perdoar, é olhar para o companheiro, para a companheira inaugurando-o em cada momento.

Quando as mágoas forem muitas, vão curando aos poucos, quando as palavras não são palavras de quem quer a cura, de quem não sabe pedir o perdão, de quem não sabe por onde começar ou o que fazer, DÊ UM ABRAÇO! Mas não é um abraço qualquer. Pe Léo diz que é no abraço que sentimos a alma do outro.

É um abraço de reconciliação, de perdão, de amor, de alguém que quer amar e não está conseguindo. De alguém que estava amando de forma estragada, mas quer consertar isso, quer curar. Abraço de alguém que já foi muito machucado, machucada, mas quer começar uma nova história.

O coração é o órgão mais vital, então juntos, reflitam sobre como está o coração de um de vocês. Onde está a mágoa, a enfermidade, o ressentimento? Partilhem isso, usem da graça que é ser um casal unido pela bênção de Deus. Vocês são canais do amor de Deus, não deixem essa graça passar.

O amor é a força mais potente que já se conheceu. O amor é capaz de curar a pior mágoa, o pior ressentimento, a pior ofensa. Mas o amor sem a oração sincera, sem a intimidade com Deus, não é amor, contêm fragmentos do amor, mas não é amor. O amor que é alicercado em Deus, esse sim é capaz de coisas inimagináveis.

Portanto, meus irmãos fica essa reflexão para todos os casais que desejam ter um relacionamento em Cristo Jesus. A todos nós que não somos casados fica a missão de rezarmos por esse casais, para que eles sejam casais a luz do amor da Trindade Santa, sejam reflexos do amor de Deus, sejam reflexos da comunhão da Trindade.

Um imenso abraço, um abraço verdadeiro, repleto do meu carinho e minhas orações pelos casais... "

Jonathan Melo (27.05.2010)

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